A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, participou nesta terça-feira (24/10), em Belo Horizonte, de uma roda de conversa com seis quilombolas. O encontro faz parte da 12ª Edição do Festival de Arte Negra (FAN-BH) e foi realizado no Quilombola Souza, no bairro Santa Tereza, na Região Leste da capital mineira.
"Eu vim aqui para ouvir. Quando a gente chega na casa das pessoas a gente escula elas primeiro, anota as reivindicações e leva adiante. A gente chega no ministério com R$ 4 milhões (orçamento anual) para cuidar de 57% da população", declarou.
Líderes dos seis quilombolas presentes – carolinos, mangueiras, luizes, manzos, matias e souzas – falaram durante o encontro. Makota Kidoiale, liderança do Quilombo Manzo, destacou a importância do encontro, fez reivindicações políticas e ressaltou os direitos dos seus pares.
"Para a gente, quilombola é só quilombo, não tem isso de rural ou urbano. A questão geográfica é o estado que coloca. Não fomos nós que viemos para a cidade, foi a cidade que veio até nós", afirmou Kidoiale.
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O encontro também contou com a participação de parlamentares, como a deputada estadual Bella Gonçalves (Psol) e a vereadora Iza Lourença (Psol).
Na parte da noite, a Anielle Franco também participa de uma roda de conversa do FAN-BH, com o tema "Futuros Desejáveis, Caminhos Possíveis: reflexões sobre cultura preta, tecnologias ancestrais, cidadania e reparação histórica". O evento acontece no Teatro Francisco Nunes, dentro do Parque Municipal, no Centro da capital.