O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou, nesta quarta-feira (25), a guerra no Oriente Médio como genocídio.
O conflito entre o grupo terrorista Hamas e Israel já deixou mais de 4.000 mortos na região, já se arrastando por quase 20 dias.
"O problema é que não é uma guerra, é genocídio que já matou quase 2 mil crianças que não têm nada a ver com esta guerra, são vítimas desta guerra. Não sei como um ser humano é capaz de guerrear sabendo que o resultado desta guerra é a morte de inocentes", afirmou.
Leia Mais
Israel acusa Erdogan de defender HamasSecretário-geral da ONU se declara 'chocado' com deturpação de suas declarações sobre o Hamas'Em que mundo você vive?', diz chanceler israelense ao chefe da ONULula comemora 78 anos nesta sextaArtista censurada por mostrar Arthur Lira no lixo sofre ameaçasDino sobre uso das Forças Armadas no RJ: 'Decisão está na mesa de Lula'Muriaé: Presidente da Câmara é denunciado pelo MP por superfaturamentoLula disse ainda que não se trata de discutir quem está certo ou errado no conflito. O Brasil tem adotado uma postura diplomática de buscar a paz e evitar criticar diretamente os dois lados da guerra. Nesta linha, o presidente tem falado em defesa das crianças que estão morrendo no conflito.
Recentemente, ele chamou o Hamas de terrorista pela primeira vez, mas também disse que a reação de Israel é insana. Hoje Gaza passa por uma grave crise humanitária, sob bombardeios e com as fronteiras fechadas para o fluxo de pessoas. Há um grupo de cerca de 30 brasileiros que tenta deixar a região, e o governo brasileiro negocia o resgate via Egito.
A declaração foi dada durante discurso na primeira reunião do Conselho da Federação. O evento contou com a presença de governadores, prefeitos e parlamentares, no Palácio do Planalto.
O presidente disse ainda que deixaria o evento para fazer uma ligação ao emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani, para falar da guerra.