O deputado Enes Cândido (Republicanos) apresentou à Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas um pedido para a realização de uma audiência pública a fim de debater a suspensão, já há um ano, da licitação do Hospital Regional de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. Essa unidade hospitalar havia sido prometida pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), ainda em 2013.
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Embora o governador Zema tenha anunciado em maio de 2021 a retomada das obras, com um investimento de mais de R$ 75 milhões provenientes de um acordo em resposta ao rompimento da barragem do Fundão em Mariana, as obras só tiveram início em 2022, após uma nova licitação. No entanto, essa licitação está suspensa há quase um ano.
O deputado Enes, que é residente da região, ressalta que já tentou diversas vezes dialogar com o governador e o secretariado sobre a superlotação na área hospitalar. "Precisamos do reinício da obra, da assistência em Minas Gerais. Foi uma promessa, daí a necessidade da audiência pública".
Desde 24 de julho, o Hospital Municipal de Valadares adotou um novo fluxo de atendimento, com casos de menor complexidade sendo encaminhados para as Unidades de Saúde e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que opera 24 horas ao lado do Hospital Bom Samaritano.
Essa medida, de acordo com a prefeitura, visa assegurar um atendimento digno, com maior qualidade e resolutividade para todos os usuários do serviço público de saúde, além de aliviar a demanda sobre o Hospital Municipal, que atende pacientes de Valadares e das micro e macrorregiões.
Essa medida, de acordo com a prefeitura, visa assegurar um atendimento digno, com maior qualidade e resolutividade para todos os usuários do serviço público de saúde, além de aliviar a demanda sobre o Hospital Municipal, que atende pacientes de Valadares e das micro e macrorregiões.
Entenda
Zema esteve em Governador Valadares em maio de 2021 para anunciar a ordem de serviço de retomada das obras do Hospital Regional, que estavam paralisadas desde 2016. Na época, Zema afirmou que a limpeza seria iniciada imediatamente e que trabalhadores de uma empreiteira já estavam no local para realizar esse trabalho. A continuidade da construção civil e a reestruturação do imóvel começariam em até 30 dias. A previsão era de que o hospital estivesse concluído entre 18 a 24 meses.
Zema também esclareceu que, além dos 90 milhões inicialmente investidos nas obras, haveria um adicional de 130 milhões em recursos da Fundação Renova para a conclusão do hospital, que se tornará o maior da região Leste de Minas Gerais. Desse novo montante, 90 milhões serão destinados a obras civis e estruturais, e 40 milhões a equipamentos. A unidade contará com 220 leitos de enfermaria e 40 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Porém, até o momento, a licitação continua suspensa. Segundo interlocutores, o governo está esperando decisão do Tribunal de Contas de Minas Gerais para homologar a licitação novamente.
Porém, até o momento, a licitação continua suspensa. Segundo interlocutores, o governo está esperando decisão do Tribunal de Contas de Minas Gerais para homologar a licitação novamente.