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Estado de Minas PRESSÃO NO PLANALTO

Derrota em indicação à Defensoria Pública acende alerta no governo Lula

Oposição comemorou e senadores bolsonaristas anunciaram ter sido um recado contra Flávio Dino para o STF; Planalto não acredita nessa versão


27/10/2023 13:43 - atualizado 27/10/2023 13:43
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Senado rejeitou indicação de Igor Roberto Albuquerque Roque feita por Lula para chefiar Defensoria Pública da União
Senado rejeitou indicação de Igor Roberto Albuquerque Roque (foto) feita por Lula para chefiar Defensoria Pública da União (foto: (Pedro França/Agência Senado))
O governo segue tentando entender a derrota imposta ao Palácio do Planalto na quarta-feira (25/10) na votação da indicação de Igor Albuquerque Roque para a chefia da Defensoria Pública da União (DPU), no Senado. Entre as razões apontadas, além do envio de alguns recados para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus ministros, está a dor de cotovelo dos senadores em ver a Caixa ser toda entregue ao Centrão da Câmara.

 

Entre os governistas, há o entendimento de que se Lula esperasse um dia para demitir Rita Serrano do comando do banco, o nome de Roque teria alcançado na quarta os 41 votos necessários para ter seu nome aprovado para o cargo. A seu favor, foram atingidos apenas 35 votos, e 38 votos contrários.


Roque acompanhava a votação do fundo do plenário, cercado por alguns assessores do Palácio. Com o correr da sessão, parlamentares do PT identificaram uma mobilização para não conduzi-lo ao comando da Defensoria. Só os votos dos bolsonaristas não seriam suficientes para se atingir esse propósito. A ausência de aliados de Lula no plenário, somada a um movimento de um grupo silencioso que desejava o tal recado para o Planalto, foi a razão da derrota.

Não compareceram para votar, por exemplo, Jader Barbalho (MDB-PA) e Professora Dorinha Seabra (União-TO), que é vice-líder do governo. Outros fatores foram colocados no balanço do governo. Igor era um nome fraco para um cargo de desinteresse dos políticos.

"Quem briga, afinal, para defender pobre, que é o que faz a DPU?", disse um senador governista, que pediu anonimato. Mas não interessava a dimensão do cargo nem o peso do indicado. Era o governo o derrotado da noite, numa indicação assinada e enviada por Lula.

 

Na DPU, o resultado foi uma surpresa. Não se imaginava esse desfecho. Um seminário sobre aborto legal promovido pela instituição teria sido a razão da oposição bolsonarista. Igor Roque não teve envolvimento com esse evento e nem "milita" nessa seara.

Recado dado

Senadores da oposição, como Carlos Portinho (PL-RJ), foram para as redes dizer que a derrota era um recado para Lula e que a possível indicação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) correrá riscos.

"Derrubamos o indicado do Lula para a DPU. Recado dado. Gesto forte! Tenho dito: se colocar o Dino pro STF vai passar vergonha!", postou Portinho.


O governo não entendeu assim. Os assessores do Planalto disseram após a sessão que são "coisas distintas". Acreditam que o nome de Dino será aprovado, mas não com a votação de Cristiano Zanin, que amealhou 58 votos, incluídos até alguns de senadores ligados a Bolsonaro.

 


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