O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu as críticas por ter demitido três mulheres da administração federal para ceder cargos a partidos do Centrão. Em café com jornalistas na manhã desta sexta-feira (27/10), o mandatário afirmou que não pode “fazer nada” quando um partido vai fazer uma indicação, mas não é de uma mulher.
Lula ainda disse que já chegou a pedir para um partido indicar uma mulher e que tem “disposição” para aumentar a participação feminina no governo. “A circunstância da indicação do cargo é que o partido não tinha mulher para indicar. E se bem que eu pedi para fazer um esforço para indicar uma mulher. Eu lamento, porque o que eu quero fortalecer no governo é passar a ideia de que a mulher chegou na política para ficar”, disse.
Com pouco mais de sete meses de governo, o presidente havia feito a primeira troca na Esplanada dos Ministérios, entregando o cargo de Daniela Carneiro no Turismo para o deputado federal Celso Sabino (União-PA). Já em setembro, Lula demitiu a campeã olímpica Ana Moser do Ministério do Esporte para abrigar o deputado federal André Fufuca (PP-MA).
O presidente ainda afirmou que pode “trocar muita gente” no governo e que ainda terão outras mulheres na sua gestão. “Na minha relação com um partido político, nem sempre esse partido tem uma mulher para indicar. Mas isso não quer dizer que eu não posso, no governo, tirar homem e colocar mulher. Eu ainda posso trocar muita gente, eu só estou com 10 meses de mandado”, emendou.
Nessa última quarta-feira (25/10) o presidente Lula cedeu a presidência da Caixa Econômica Federal, antes ocupada por Rita Serrano, para Carlos Vieira, aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).