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Estado de Minas QUAEST

Eleitores de Bolsonaro acompanham mais a guerra entre Israel e Hamas

Apoiadores de Bolsonaro nas eleições de 2022 prestam mais atenção no conflito do que os eleitores de Lula


28/10/2023 10:50 - atualizado 28/10/2023 11:20
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Bolsonaro e Benjamin Netanyahu
Pesquisa ainda mostra que pessoas identificadas com a direita (49%) prestam mais atenção no conflito do que a esquerda (45%) (foto: Alan Santos/PR)
Os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão mais atentos ao conflito entre Israel e Hamas do que aqueles que optaram por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022. Segundo um levantamento do instituto de pesquisa Genial/Quaest, divulgado neste sábado (28/10), 41% dos eleitores brasileiros prestam “bastante atenção” na guerra no Oriente Médio, enquanto 38% têm “pouca atenção” ao conflito e 20% não acompanham.

Entre os eleitores de Bolsonaro a porcentagem daqueles que estão bastante atentos sobe para 47%, outros 37% prestam pouca atenção e 15% não acompanham o conflito. Durante os quatro anos de mandato o ex-presidente cultivou uma relação ideologicamente próxima a Israel, realizando visitas ao país e encontrando o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

O desdobramento da pesquisa levando em conta as religiões cristãs predominantes no Brasil, católicos e evangélicos, mostra que o segundo grupo está mais atento ao conflito com 44% das pessoas prestando “bastante atenção”. Os dados corroboram o observado entre os eleitores de Bolsonaro, historicamente mais alinhados às igrejas evangélicas.

Os números são quase 10 pontos percentuais menores entre os eleitores do presidente Lula. A pesquisa mostra que entre esse grupo 37% presta bastante atenção na guerra entre Israel e Hamas, 36% tem pouca atenção, e 26% não acompanha o conflito.  

A maioria dos brasileiros acredita que o Hamas deve ser considerado como um grupo terrorista (76%), classificação que depende do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A opinião se repete entre os eleitores de Lula (71%) que foi relutante até dizer pela primeira vez que se trata de uma organização terrorista. A porcentagem cresce para 84% entre os apoiadores de Bolsonaro.

O levantamento foi feito entre os dias 19 a 22 de outubro, entrevistando 2 mil eleitores com 16 anos ou mais. A margem de erro estimada é de 2.2 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.


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