Jornal Estado de Minas

TRANSPORTE

Fuad diz que é cedo para falar sobre reajuste da tarifa de ônibus

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), afirmou que ainda é cedo para falar sobre aumento da tarifa do transporte coletivo. Apesar disso, pontuou que, se o orçamento não permitir a manutenção do valor atual de R$ 4,50, pode ser necessário um “pequenininho” reajuste. Em conversa com a imprensa neste sábado (28/10), o chefe do executivo municipal reforçou que a administração da cidade não quer o aumento.





“Temos muita segurança de que não queremos aumentar a passagem. Se, eventualmente, o orçamento não permitir, talvez tenhamos de fazer um aumento ‘pequenininho’, mas não vamos especular isso agora. Não é hora de falar isso, o orçamento é só uma peça de planejamento para o ano que vem", afirmou o prefeito durante evento do mutirão de vacinação no Parque Municipal, Centro de BH.

Atualmente, a passagem de ônibus é mantida com uma complementação repassada pela prefeitura e a Câmara Municipal às empresas do transporte, no valor de R$ 512,7 milhões, acordado ainda em julho, após mais de dois meses com a tarifa em R$ 6. Em entrevista ao EM Minas, Fuad já havia adiantado que o orçamento de 2024 prevê uma nova complementação da passagem.

A Lei do Orçamento Anual (LOA), que tramita na Câmara Municipal desde o fim de setembro, tem projeções para a tarifa nos valores de R$ 4,50 e R$ 5, o que pode embasar um novo subsídio. Mas o documento afirma que as estimativas são preliminares e um estudo definitivo ainda deve ser publicado pela Superintendência de Mobilidade do Município de Belo Horizonte (SUMOB). Segundo a prefeitura, a proposta orçamentária está prevendo um subsídio de R$ 392 milhões.




 
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Para Fuad, as questões orçamentárias estão sendo discutidas na “hora errada” e lembrou que o orçamento municipal é volátil e pode ter despesas e receitas adicionais que não são previstas na LOA. “O orçamento é feito em agosto para valer no ano que vem. Ninguém consegue imaginar o que vai acontecer no orçamento. Neste ano, ninguém sabia que ia ter lei da cultura, piso da enfermagem e recursos adicionais da saúde. Eles ingressam e isso o orçamento não pode prever, porque não sabíamos", reforçou o prefeito.