As urnas eletrônicas são consideradas uma revolução nos sistemas eleitorais por sua praticidade e segurança. Apesar de ser usada em eleições no Brasil desde 1996, há quem não entende como elas funcionam e, muitas vezes, acreditam ou compartilham boatos e informações erradas sobre elas. Por isso, o oitavo episódio da série especial “Beabá da Política”, do jornal Estado de Minas, explica como elas funcionam e por que é seguro votar nesses terminais.
A urna eletrônica nem sempre teve esse nome. Logo quando foi criada, era chamada de coletor eletrônico de votos (CEV) e tinha como objetivo identificar as alternativas para a automação do processo de votação antes de sua implementação, nas eleições municipais de 1996.
A mudança do voto de papel para o digital só foi possível porque o Código Eleitoral, de 1932, citava a criação de uma “máquina de votar”. A urna eletrônica também impossibilitou que erros pudessem ocorrer de forma deliberada, já que a apuração em papel levava mais tempo e era mais suscetível a fraudes.
Como funciona a urna eletrônica?
A urna eletrônica é composta por dois terminais: o primeiro é o do mesário, onde o eleitor é identificado e autorizado a votar. Depois, há o terminal do eleitor; aquele com o teclado para digitar os números do partido ou dos candidatos.
O eleitor vota dentro da cabine e a urna grava somente a indicação de que o eleitor já votou. Por causa do sistema de embaralhamento dos dados, não há nenhuma possibilidade de se verificar em quais candidatos um eleitor votou, por isso o voto é sigiloso.
No dia da votação, a urna não opera conectada à internet ou ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Assim, não há como acessá-la ou tentar invadi-la remotamente.
Os equipamentos também só funcionam na hora e na data da votação. Seis meses antes de cada pleito, o sistema é aberto para que mais de 15 instituições, entre partidos políticos, Ministério Público, Polícia Federal, universidades e entidades de classe se habilitem para verificar a segurança dos programas.
Os equipamentos também só funcionam na hora e na data da votação. Seis meses antes de cada pleito, o sistema é aberto para que mais de 15 instituições, entre partidos políticos, Ministério Público, Polícia Federal, universidades e entidades de classe se habilitem para verificar a segurança dos programas.
O "Beabá da Política"
A série Beabá da Política reuniu as principais dúvidas sobre eleições em 22 vídeos e reportagens que respondem essas perguntas de forma direta e fácil de entender. Uma demanda cada vez maior, principalmente entre o eleitorado brasileiro mais jovem. As reportagens estão disponíveis no site do Estado de Minas e no Portal Uai e os vídeos em nossos perfis no TikTok, Instagram, Kwai e YouTube.