Ingredientes:
- 1 kg de jiló verde
- 1 kg de açúcar
- 1,5 litro de água
Modo de Preparo:
Descascar os jilós e colocá-los numa bacia. Tirar a ponta de cada um com uma faca, como se faz com o figo. Num tacho de cobre, ferver os jilós na água. Quando estiverem frios, devolvê-los à bacia e colocar água. Deixar de molho e ir trocando a água até tirar o amargo (é preciso provar o jiló). Repetir a operação quantas vezes forem necessárias. Acabar de cozinhar as frutas, até que fiquem macias. No tacho de cobre, ferver 1,5 litro de água com o açúcar e mexer sem parar.
Após a fervura, quando se obtiver uma calda fina, acrescentar os jilós. Em fogo brando, mexer de vez em quando, cuidadosamente, para não desmanchar. Quando a calda estiver em ponto de fio, desligar o fogo, esperar esfriar e servir.
Sem amargura
Depois de ver as filhas se casando, os netos nascendo e a vida seguindo o rumo certo, Eni Franco Resende, de 75 anos, desistiu da cidade grande. Há cerca de 20 anos, ela e o marido, Omar, deixaram Uberlândia. Foram atrás do sossego do campo, do ar puro, das frutas no pé, de acordar com o canto do galo. É na fazenda da família, em Prata, a 70 quilômetros da cidade-pólo do Triângulo, que Eni arranjou tempo para fazer o que mais gosta: doces em calda."Na fazenda, a vida ficou vazia, pois, sabe como é, a gente já é idoso. Foi quando resolvi investir nos doces. Faço mais para me distrair e não quero largar tão cedo, pois, para mim, é um descanso", conta. É só dar uma chegadinha na fazenda, com área para a lavoura de milho, arroz e soja e criação de gado, e vê-la lavando as frutas ou mexendo o tacho de cobre à beira do fogão, sempre acompanhada de suas ajudantes.
São doces de figo, carambola, laranja-da-terra e até jiló, sem o menor sinal do amargo típico. É com uma vitalidade de causar invejar a qualquer mocinha que Eni não perde de vista a produção de doces, sucesso de vendas nas principais lojas de Uberlândia.