Ingredientes:
- 5 litros de leite
- 2 kg de açúcar
- 1 kg de polpa de pequi
Modo de Preparo:
Para obter a polpa de pequi, cozinhar três litros do fruto e depois raspar com uma colher. Num tacho, levar ao fogo o leite e o açúcar. Quando a misturar estiver grossa, semelhante a leite condensado, adicionar a polpa do pequi, que não pode estar congelada. Para ver se está no ponto, pôr um pouco de água numa vasilha e pingar uma colherzinha do doce, deixando um minuto. Se a massa endurecer, está bom.
Desligar o fogo e bater a massa, no próprio tacho, até esfriar. A próxima etapa será despejar o doce numa superfície e cortar em pedaços pequenos. A consistência será semelhante à de doce de leite em barra.
Minas no tacho
Símbolo de Minas, tradução perfeita do cerrado, fruta de mil e uma utilidades. O pequi ganha força e beleza no tacho de Eva Félix de Souza, conhecida como Eva Doceira e moradora de Caetanópolis, a 96 quilômetros de Belo Horizonte. Na terra da cantora-guerreira Clara Nunes, Eva não perde o ponto e nem desafina no doce balanço da colher de pau, remexendo a massa amarela e consistente do fruto. Quem quiser encontrá-la, basta dar um pulinho à feira de comidas e artesanato, que se repete a cada domingo, das 8h às 13h, na Praça da Matriz, no Centro da cidade.Na sua barraquinha, ela vende, além do doce de pequi cortado em cubos, o figo recheado com doce de leite, além de doces de mamão ralado, de cidra e de laranja. Virou celebridade no pedaço e gosta da fama de seus produtos. "De boca em boca, a gente vai longe. No falar e no paladar", filosofa, com bom humor. Mas é à beira do fogão, girando o corpo como se ouvisse música, que a doceira revela alguns segredos.
Um deles é que não se deve pôr muito pequi para fazer o doce, pois o fruto é gorduroso demais e pode atrapalhar o ponto. Se açucarar, é preciso pingar leite, aos poucos. Outro aviso: "haja braço", na hora de bater a mistura, até que ela esfrie completamente. Mas Eva leva tudo numa boa e mantém a sua meta mensal de 30 quilos de doce. Sem dúvida, haja braço!