Ingredientes:
- 1 frango caipira, cortado em pedaços
- 3 cebolas médias picadas
- 1 pimentão picado
- Coentro a gosto
- Pimenta-do-reino a gosto
- Colorau a gosto
- Tempero (alho e sal) a gosto
- 1 colher (de sopa) de óleo
- 300 g de farinha de mandioca
- 1 litro de água
Modo de Preparo:
Em óleo quente, refogar a cebola e o pimentão. Acrescentar o tempero, colorau, coentro, pimenta-do-reino e os pedaços de frango e misturar bem. Cobrir os pedaços de frango com água fria e cozinhar na panela de pressão por cerca de 10 minutos. Depois do cozimento, pôr os pedaços de frango numa travessa e reservar. Adicionar de dois a três copos de água ao caldo e deixá-lo ferver. Em outra panela, colocar inicialmente um pouco de farinha de mandioca e despejar um pouco de caldo, mexendo sempre.
O restante dos ingredientes será despejado na panela também de maneira alternada, até se formar uma espécie de creme. Servir o pirão numa travessa e o frango em outra.
Creme de pura energia
Não é à toa que Ana Lúcia Santos Sá ficou conhecida em Mato Verde, a 628 quilômetros de Belo Horizonte, como Lu do Pirão. Ganha um doce quem descobrir o porquê. Aí vai uma pista: ela mistura o caldo de um bem temperado frango caipira com farinha de mandioca e faz a freguesia "lamber os beiços". Funcionária de uma escola e mãe de três filhos, Lúcia ainda arranja tempo para cozinhar em casa para uma clientela cativa, que está sempre de olho na sua obra-prima."O pirão de frango tem história, passou de geração em geração, sem perder a vitalidade. Comecei a fazê-lo ouvindo as instruções da minhã mãe, Ana, que, por sua vez, aprendeu com uma velha parteira da cidade, a Maria Pão. Era um prato especial e forte para as mulheres que davam à luz na zona rural", explica. Na receita, a cozinheira não dispensa o coentro e a pimenta-do-reino, ingredientes que aprimoram o sabor, e manda um recado de extrema valia: "o segredo é despejar a farinha de mandioca aos poucos no caldo, para não embolar".
Não se esqueça. Quando chega à mesa, na hora do jantar, o pirão de frango provoca quase uma reverência. É o retrato sem retoques da tradição, do carinho e do tempero no ponto certo.