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Estado de Minas Quitandas

Cabeça-de-macaco

Receita fornecida por Tereza Martins da Cruz, de Ponte Nova (31) 3881-1269


postado em 10/06/2016 08:20

Ingredientes:

- 1 kg de farinha de trigo

- 500 ml de leite

- 2 colheres (sopa) de manteiga

- 1 pitada de sal

- 12 ovos

Ondeficar:

Hotel Milênio (31) 3881-7704

Modo de Preparo:

Numa panela, ferver o leite com a manteiga. Quando levantar fervura, adicionar a farinha de trigo e mexer até virar uma espécie de angu. Desligar o fogo e deixar esfriar. Virar numa gamela ou bacia e adicionar os ovos inteiros. Misturar com as mãos. Untar um tabuleiro com manteiga e polvilhá-lo com farinha de trigo, balançando-o em seguida para tirar o excesso de farinha. Formar os bolinhos com uma colher (de café), mantendo a distância entre eles, pois a massa cresce muito.

Levar ao forno quente durante meia hora. Deixar secar. Rende 70 broinhas.



Batizado pela imaginação

A hospitalidade é uma das maiores características do povo mineiro. Em Ponte Nova, a 180 quilômetros de Belo Horizonte, não é diferente. Os viajantes são recebidos com mesa farta, café coado na hora, doces no capricho e uma broinha salgada de nome curioso e sabor surpreendente. A autora da façanha é Tereza Martins da Cruz, dona da lanchonete Vera Cruz, na rua Abdala Felício, 140, bairro Palmeiras. Ela aprendeu a receita da cabeça-de-macaco com a mãe, dona Ana Sérgia de Jesus, de 95 anos, e prepara diariamente os tabuleiros, para alegria da família e dos fregueses.

Na cozinha, com bom humor, folheia um inseparável caderno e mostra que cozinhar é um permanente ritual de cultura e prazer. Das páginas já meio gastas pelo tempo, abre-se um vasto universo para quem gosta de boa comida. Cada frase se traduz em delicadeza e tradição. Embora tarimbada no seu ofício, Tereza sempre recorre aos seus escritos, confere um ingrediente e outro, corre o olho no modo de preparo, mostrando grande cuidado com o alimento e fidelidade à receita.

Mas o melhor da festa é quando ela surge com a quitanda e oferece as broinhas aos visitantes. "E o nome, de onde vem?", todos perguntam. A resposta está no próprio formato da quitanda, que lembra a cara do bicho, e na imaginação popular, que, sabemos todos, não tem limite.

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