Ingredientes:
- 500 g de carne-de-sol
- 750 g de moranga com casca
- 300 g de quiabo
- 1 cabeça de alho e mais dois dentes picados ou espremidos
- 1 pitada de louro em pó
- 1 cebola pequena, picada
- 1 pedaço de pimentão, picadinho
- 1 colher (sopa) de óleo
- Salsa a gosto
- Sal a gosto
Ondeficar:
Pousada das Araras (33) 3731-1248
Pousada das Acácias (33) 3731-2020
Modo de Preparo:
Picar a carne-de-sol e deixá-la de molho na água pura, com um pouco de farinha de mandioca por cima, durante cerca de três horas. Reservar. Cortar a abóbora, com casca, em cubinhos, e refogá-la no óleo, com sal, cebola e a cabeça de alho picadinhas, durante dez minutos, para que ela fique mais inteira, al dente. Em panela separada, refogar a carne-de-sol com dois dentes de alho picados e, quando estiver pronta, misturar na abóbora, que estará em fogo baixo.
Picar o quiabo bem fininho e refogá-lo na panela em que foi feita a carne, adicionando-o à carne-de-sol com abóbora. Enfeitar o prato com salsa.
Guerreira dos guisados
Em Araçuaí, a 678 quilômetros de Belo Horizonte, os viajantes comem do bom e do melhor. E começam pelo guisado de carne-de-sol com abóbora e quiabo, uma das especialidades da cozinheira Rita Maria da Silva Oliveira, de 57 anos. Viúva, com sete filhos e sete netos, ela se considera uma guerreira, mulher apaixonada pela cozinha, pelos temperos e pela vida. E mostra sua garra em cada detalhe do que faz, da escolha dos legumes à decoração das travessas.Órfã desde os 12 anos, aprendeu muito do que sabe praticamente sozinha, observando tudo, e está sempre disposta a testar receitas e recriar o trivial. Diante das panelas, Rita revela que gosta de cozinhar para muita gente, sem esquentar a cabeça com a medida dos ingredientes ou o número de pratos sobre a mesa - quer mais é agradar. Dá meio-dia e o guisado está cheirando, um perfume de coentro que aguça os sentidos e convida para o almoço.
Bem humorada e caprichosa, a cozinheira pede mais alguns minutos e serve a panelada, que recebe aplauso geral. Durante a refeição, lembra que, no Vale do Jequitinhonha, é muito comum fazer guisado de plantas, como ora-pro-nóbis, língua-de-vaca e folhas de fedegoso. A criatividade da região, com certeza, não tem limites.