Ingredientes:
- 1 xícara (chá) de arroz integral tipo cateto
Para a papa
- 10 xícaras (chá) de água
Para o refogado ou conserva
- Meia folha de repolho, picadinha
- Meia folha de mostarda, picadinha
- 1 colher (sopa, rasa) de molho de soja tipo shoyo
Para acompanhar
- 1 colher (sopa) de gersal (gergelim com sal)
Ondeficar:
OURO PRETO Templo Zen Pico de Raios(31) 3551-6102
Modo de Preparo:
A papa
Lavar o arroz seis vezes, cuidadosamente, e deixar escorrer. Pôr numa
Panela, com água fria, e cozinhar em fogo alto até ferver. Diminuir a
Chama e manter o fogo baixo até o arroz virar uma papa, formando-se, por cima, uma fina camada, como se fosse uma nata.
A conserva
Para acompanhar, fazer um refogado rápido com a mostarda e o repolho, temperado com molho de soja tipo shoyo. Na hora de servir, colocar o arroz, um pouco de conserva e, por cima, o gergelim. Porção para uma pessoa.
Para saborear e meditar
A sensação de paz domina o coração dos viajantes, quando chegam ao Templo Zen Pico de Raios, em Ouro Preto, a 95 quilômetros de Belo Horizonte. Com olhos calmos e gentis, a monja Mariângela Ryosen convida para um passeio ao mirante, de onde se tem a vista de 360 graus do cenário barroco: casarões seculares, ladeiras, a Cachoeira das Andorinhas - onde nasce o Rio das Velhas - , monumentos e a história do Brasil permeando todos os espaços.No caminho, numa altitude de 1,5 mil metros, flores, imagens de Buda e desenhos no chão, que retratam a harmonia, num permanente convite à meditação. Puro nirvana... Sobre a mesa da varanda, Mariângela dá as boas-vindas com a papa de arroz integral (okayo), alimento tradicional desde os tempos de Buda (século 6 a.C.) e perfeito como primeira refeição do dia. Depois de comer, ela despeja um pouco de chá na cumbuca para aproveitar ao máximo o alimento, pois "o desperdício é abominável".
Assim como os demais budistas, ela mantém respeito e reverência pela comida: "Agradecemos por este momento, pois representa vida doando vida". Todos ouvem em silêncio, sorvendo conhecimentos milenares. No fim da visita, uma frase do mestre Dogen (século 13) para levar na mente para sempre, como se fosse um mantra: "Trate com atenção as panelas e os pratos, assim como trata seus olhos e sua cabeça. Pense na água como seu próprio corpo, pense no arroz e nos grãos como se fossem seus filhos e os trate com os cuidados de um pai.
Esse espírito cheio de cuidado é chamado de coração ancião".