Ingredientes:
- 500 g de batata picadinha
- 300 g de cenoura picadinha
- 300 g de feijão cozido, com caldo
- 200 g de macarrãogoela-de-pato, pequeno
- 200 g carne de boi, picada, ou lingüiça de frango
- 100 g de abóbora-moranga, cortada em pedaços médios
- 100 g de chuchu, cortadoem pedaços
- 1 cebola média picadinha
- 1,5 litro de água
- 1 pitada de colorau
- Salsinha a gosto
- Tempero (alho e sal) a gosto
- 1 pitada de sal
Ondeficar:
Mosteiro de Macaúbas Ala de Retiro Santa Beatriz(31) 3684-2096
Modo de Preparo:
Cozinhar a carne, com a água, o colorau e o tempero (alho e sal). Reservar. Bater o feijão no liquidificador, com o caldo e uma pitada de sal. Reservar. Numa panela de pressão, juntar os ingredientes, com exceção da salsinha e da cebolinha, e deixar cozinhando de três a cinco minutos, depois que a panela apitar. Não é preciso lavar o macarrão antes de acrescentá-lo. Na hora de servir, espalhar, por cima, salsinha e cebolinha picadinhas.
Se a preferência for pela lingüiça, fritá-la com o colorau e, depois, juntar aos ingredientes na panela de pressão.
Milagrosa multiplicação
Ainda em Santa Luzia, os viajantes encontram Sônia Bitencourt Vieira, a dona Sônia, de 66 anos, conhecida pelos seus atos de solidariedade, fé inabalável em Deus e confiança na humanidade. Diretora do Centro Educacional Maria Salomé, vinculado à Casa de Caridade Espírita Nosso Lar, ela ajuda a preparar, há 34 anos, o caldo santo, sopa apetitosa e suculenta que garante o sustento, todos os sábados, de mais de 180 pessoas carentes.Sua experiência já ultrapassou fronteiras. Quando pode, ela se torna "hospitaleira" em abrigos à beira do Caminho de Santiago de Compostela, ofício que significa servir alimentos aos peregrinos que cumprem a trilha entre Espanha e França. Enquanto corta os legumes e a carne, frutos de doação e de campanhas, ela conta que o principal ingrediente da refeição, em qualquer lugar, deve ser o amor, sempre "em doses generosas".
O aroma está ótimo, invade a cozinha e fica mais apurado depois da explicação. Dona Sônia sorri, põe a mão no coração e vai além do tempero e do paladar: "O caldo é santo, porque se multiplica em cada prato. De um lado, está o gesto de compartilhar, do outro, o agradecimento". Sábias palavras, que ecoam durante toda a viagem, norteando a direção muito mais do que bússolas e equipamentos de última geração.