Ingredientes:
- 1 pacote de caldo de legumes em pó
- 1 curimatá com cercade um quiloe meio
- 3 limões-capeta
- 1 pitada de pimenta-do-reino
- 1 colher (chá)de cominho
- Meia colher (chá) delouro moído
- Alho e sala gosto
- 900 ml de óleo
- 250 g de farinha de trigo
Modo de Preparo:
Limpar bem o curimatá e retirar toda a escama. Fazer 15 cortes (rasos) verticais no lombo do peixe (no sentido do lombo para a barriga) e três cortes (rasos) horizontais (no sentido da cabeça para o rabo). Espremer um limão e deixar o peixe de molho, com uma pitada de sal, por dois minutos. Escorrer a água e espremer mais um limão por cima. Passar no peixe, com as mãos, cominho, pimenta e louro. Em seguida, temperar com alho e sal e pôr o caldo de legumes.
Deixar de molho por dois minutos em uma vasilha tampada. Esquentar bem o óleo (jogar um palito de fósforo; quando ele acender, o óleo estará na temperatura ideal). Passar o curimatá na farinha de trigo e pôr no óleo. Fritar quatro pedaços de cada vez, até dourar. Retirar cada pedaço da panela, com um garfo, e balançá-lo para escorrer o excesso de óleo. Pôr no prato forrado com guardanapo e despejar o suco de um limão por cima.
Represa da discórdia
E a polêmica das barragens já chegou ao Bar Fernandinho do Peixe, em Santo Hipólito, a 236 quilômetros de BH. "É o comentário geral da cidade", conta José Fernandes de Souza Filho, dono do estabelecimento. Segundo ele, a notícia da construção de uma barragem no município dividiu a população. "Alguns acham que terão prejuízo, mas a maioria aposta em benefícios. Eu mesmo acho que trará desenvolvimento econômico."Não é à toa que o bar é o lugar das opiniões diversas. Enquanto há clientes contra e a favor ao represamento da água do Rio das Velhas, José Fernandes aproveita para temperar a polêmica com o que há de melhor no seu bar: o curimatá. Peixe do rio, a iguaria, acompanhada de cerveja, deixa a discussão mais gostosa. "Enquanto as opiniões se dividem, vou servindo o prato como tira-gosto, para dar mais fôlego ao debate", brinca.
Sequinho e servido com limão-capeta, a especialidade de Fernandes requer muita paciência e dedicação. "Tem que saber fazer os cortes no peixe, para entranhar o tempero", ressalta. Para fritá-lo, o óleo deve estar quente e, para isso, ele ensina: "É só aquecer a gordura e jogar um palito de fósforo. Quando ele acender, é hora de pôr o curimatá para fritar". Enquanto dá as dicas que aprendeu testando, ele corre ao balcão para atender os muitos pedidos do prato.
"Chego a fazer 50 quilos de peixe por semana." No bar, há palpites, sugestões, reclamações e opiniões diversas. Mas o curimatá é unanimidade.