Ingredientes:
- 1 kg de polvilho azedo
- 1 kg de farinha de trigo
- 6 ovos
- 2 litros de leite
- 1 colher (chá) de sal
- Açúcar refinado e canela em pó para finalizar
- Óleo para fritar
Material:
- 1 forminha especial, que deve ser fabricada por um serralheiro. A forma é composta de um aro de metal, de aproximadamente cinco centímetros de diâmetro e dois de altura. Dentro dele há oito raios, no formato de um asterisco. No centro, há um cabo de aproximadamente 20 centímetros de comprimento.
Diversidade:
- A noite de quinta-feira é ideal para esquecer o regime e se render às tentações da feira de Virginópolis. Montada na Praça do Calçadão, oferece as mais variadas iguarias, como macarrão na chapa, angu à baiana, galinhada, pastel, tortas doces, omelete e muito mais.
Modo de Preparo:
Bater os ovos no liquidificador. Pôr o leite e voltar a bater. Aos poucos, despejar a farinha e o polvilho, misturando até formar um creme grosso. Despejar em uma vasilha. Aquecer o óleo, em quantidade suficiente para cobrir as formas. Pôr a forma, segurando pelo cabo, para esquentar. Em seguida, mergulhar a forma quente no creme, de modo que molhe apenas a parte circular, sem que afunde totalmente na mistura.
Levar a forma ao óleo, em fogo baixo, e deixar fritar, com o cabo para cima. Quando a massa começar a dourar, fazer movimentos leves com o cabo para o quitute se solte. Retirar o coscorão, escorrer e passar no açúcar com canela. Repetir o processo até o creme acabar.
Curiosidade festiva
As festas populares, aquelas que ocupam as ruas com barraquinhas e tudo mais, são joias de nossa cultura e uma oportunidade e tanto para degustar iguarias de aromas peculiares. Seja em festas de santos, juninas ou em feiras populares, as comidinhas ganham outros sabores quando servidas nas barracas. Em Virginópolis, apenas em eventos desse tipo é que se come o legítimo coscorão. Biscoito curioso, de sabor que mistura doce e salgado, já vem de gerações passadas, sempre dando mais gosto às festividades.Na cidade, a fama de preparar como ninguém a receita é da cantineira Maria do Carmo Magalhães Perpétua, que aprendeu com a mãe os segredos da quitanda. E não são poucos. A começar pela forma, que deve ser feita sob encomenda com um serralheiro. Depois, o modo de molhar o instrumento na massa. "Não se deve molhar muito, senão agarra na forma. Tem que molhar só até a borda", ensina. Há 16 anos trabalhando em uma escola, Maria, além de preparar coscorões, todas as quintas-feiras serve, em uma feira da cidade, uma deliciosa galinha com arroz.
Por noite, são quatro quilos de arroz e oito de carne, além de tutu de feijão para acompanhar. Para finalizar o cardápio - e que sejamos perdoados pela gula - só mesmo uma travessa do curioso coscorão.