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Feminismo: o que mudou?

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Da simbólica queima de sutiãs nos Estados Unidos de 1968 pra cá, a luta das mulheres por igualidade de gênero ganhou novos contornos. No Ocidente, conquistas que já incluem o direito ao voto, o acesso às universidades e ao mercado de trabalho, entre outras reivindicações históricas, abriram as portas para demandas também atuais e importantes, a exemplo de campanhas que pregam a liberdade sexual e a máxima: meu corpo, minhas regras.





 

No entanto, ainda há muito a ser feito. Em pleno século 21, muitos confundem o feminismo com estereótipos de comportamento que nada têm a ver com a realidade. Os índices de violência contra a mulher (incluindo o feminicídio) permanecem alarmantes. Na política e nos cargos de chefia de empresas elas ainda são minoria e, quando chegam lá, têm menores salários e, muitas vezes, sofrem preconceito.

 

Boa notícia é que, a despeito das dificuldades, o movimento feminista está se espalhando como nunca, em pequenos e em grandes feitos. Disseminado aqui e acolá em redes, no cotidiano e em espaços públicos e privados, vem ultrapassando barreiras. E já perpassa cada vez mais campos da existência: relações interpessoais, de trabalho, domésticas, políticas e afins. Mesmo entre não militantes, afeta o comportamento de homens e mulheres, numa agenda cada vez mais ampliada, urgente, viva.

 

O Bem Viver convidou feministas de diversas áreas de conhecimento e atuação e com diferentes histórias de vida para falar sobre o tema. Mulheres como a professora e pesquisadora Marlise Matos, que explica a quarta onda do movimento no Brasil e na América Latina. A ativista cultural Nayara Garófalo, do feminismo negro – vertente que evidencia que as demandas também são diversificadas. A psicóloga e psicanalista Maíra Marcondes Moreira, autora de livro temático. A comunicadora e musicista Nara Torres, cofundadora do grupo Sagrada Profana, fanfarra que defende a presença feminina nos grupos de percussão. Líliam Telles e Thayane Meireles, dupla que criou a Libertária, cervejaria feminista cujo slogan pretende mostrar ao mundo que a mulher pode ser e estar onde quiser, mesmo em ambientes até há pouco de maioria masculina. Em comum, ideais que têm a ver com a construção, evolução e qualidade de vida de toda a sociedade.