Jornal Estado de Minas

Conta-gotas

Como combater a perda de massa magra?

Idosos fazem hidroginástica em busca de qualidade de vida (foto: Euler Junior/EM/D.A Press 11/5/11)
A perda da musculatura, ou perda de massa magra, faz parte do envelhecimento do corpo e tende a avançar a partir dos 40 anos. No entanto, hábitos ruins como o sedentarismo podem acelerar o processo, chamado de sarcopenia, levando à redução da mobilidade e impactando severamente a qualidade de vida. “Esse é um alerta importante, sobretudo neste momento de isolamento, quando muitas pessoas encontram dificuldade de praticar atividades físicas regularmente”, destaca Luiz Adalberto dos Reis, educador físico da Selfit Academias. Para evitar a perda de massa magra, o educador físico recomenda a prática de exercícios físicos.




 

Desintoxicação capilar
 
O uso excessivo de secadores, pranchas, modeladores e tratamentos químicos, como tinturas e progressivas, compromete bastante a saúde dos fios a longo prazo, tornando-os mais quebradiços e opacos. E esses problemas se agravam com o uso contínuo de produtos capilares que contenham substâncias químicas. Por isso, a dermatologista e especialista em couro cabeludo Andrea Frange explica que os produtos orgânicos são ótimas opções para a desintoxicação dos fios. “O cosmético, para ser orgânico, precisa seguir algumas especificações do cosmético natural. De acordo com o Instituto Biodinâmico (IBD) e Ecocert, cosméticos naturais devem ter, no mínimo, 95% de seu conteúdo total composto de matérias-primas naturais, como manteigas e óleos vegetais, lanolina, corantes e pigmentos naturais, óleos essenciais, extratos vegetais, minerais e polímeros naturais. E não devem conter vários outros componentes, como derivados de petróleo, corantes e fragrâncias sintéticas, silicones, além de não poderem ser testados em animais”, diz. A partir disso, o produto pode ser orgânico se, no mínimo, 20% das matérias-primas forem provenientes da agricultura orgânica, ou seja, sem resquícios de pesticidas ou agrotóxicos. 
 
 
Quatro problemas na língua 
(foto: Leandro Couri/EM - 30/04/2014 )
Ter uma boca saudável vai muito além de escovar os dentes depois de cada refeição. A língua, por vezes negligenciada, acumula uma grande quantidade de bactérias que podem provocar algumas doenças, caso a higiene bucal não seja bem feita. Para evitar transtornos, o dentista e presidente da rede OdontoCompany Paulo Zahr explica a seguir quais doenças são mais frequentes em consultórios e o que fazer para evitá-las e tratá-las. 

» Língua pilosa: ocorre quando existe um acúmulo de ceratina, fungos ou bactérias nas papilas gustativas. O problema pode ser causado por hábitos de higiene incorretos, tabagismo, infecções e reação adversa a alguns medicamentos. O tratamento é feito com recomendações de higiene bucal ou mudança de hábitos. 





» Afta: é caracterizada por pequenas lesões arredondadas que causam dor e, muitas vezes, dificultam a alimentação e a fala. Seu aparecimento pode estar relacionado a diversos fatores, como mordidas na língua, estresse, doenças autoimunes ou até mesmo pelo consumo de alimentos cítricos, como abacaxi e limão, e costumam desaparecer de forma espontânea após sete ou 10 dias, sem deixar cicatrizes.
 
» Sapinho: é uma doença caracterizada pelo surgimento de placas esbranquiçadas na língua e interior da boca, vermelhidão, sensação de ardência e sabor desagradável. Ocorre devido a uma infecção causada por fungos e pode ser tratada com remédios antifúngicos.

» Câncer bucal: é mais grave e pode ser fatal caso não seja diagnosticado precocemente. Ao notar qualquer alteração na aparência e textura da língua, um médico deverá ser procurado.






Pele ressecada: cuidado com infecções
 
A pele é o maior órgão do corpo humano e é a responsável por sua proteção mais superficial. Diversas situações do ambiente externo e do próprio organismo podem levar a um quadro chamado de xerose, o ressecamento cutâneo. Aspecto opaco e esbranquiçado, descamação e coceira são os principais sintomas da pele seca. Os fatores que influenciam no ressecamento da pele incluem tempo frio ou pouca umidade no ar, poluição, exposição ao sol sem o uso de protetores solares, excesso de contato com a água e banhos quentes, cuidados diários inadequados, desidratação, doenças preexistentes, principalmente de origem hormonal, menopausa e até mesmo o processo de envelhecimento cutâneo. A dermatologista e assessora médica da FQM Melora Thais Matsuda explica que a pele seca é mais vulnerável aos agentes externos, como ácaros, fungos, vírus e bactérias. Então, quando o sistema imunológico identifica algum tipo de invasão desses micro-organismos, ele entra em ação e isso se manifesta sob forma de prurido, a coceira. E, se não houver um estímulo à regeneração da pele que foi agredida pela coçadura, podem surgir lesões, conhecidas como eczema asteatósico, e até infecções bacterianas secundárias.
 


Alerta para câncer de cabeça e pescoço
(foto: Leandro Couri/EM - 30/04/2014)
Tumores de cabeça e pescoço, essa é uma denominação genérica do câncer que se localiza em regiões como boca, língua, palatos mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe, esôfago, tireoide e seios paranasais. “A maioria desses tumores estão relacionados diretamente com o uso do tabaco e do álcool”, alerta Ramon Andrade de Mello, médico oncologista e professor da disciplina de oncologia clínica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal). O consumo de cigarro e álcool aumenta em 10 vezes a chance de desenvolver o câncer de laringe. Por isso, há o alerta para se evitar o consumo de tais produtos. Entre os sintomas provocados por esse tipo de tumor, o paciente pode apresentar dor de garganta, rouquidão ou alteração da qualidade da voz. A infecção pelo papilomavírus (HPV) tem sido outro motivo importante para o desenvolvimento do câncer de faringe. “A prática do sexo oral desprotegido tem sido um dos fatores de propagação do HPV, inclusive na população mais jovem. Por isso, a vacina para esse público pode ajudar na prevenção”, alerta o oncologista.