Pacientes COVID-19 da Santa Casa de recebem plasma convalescente

Pacientes COVID-19 da Santa Casa de recebem plasma convalescente

Santa Casa/divulgação
A Santa Casa de Alfenas, no Sul de Minas, está testando a terapia com plasma convalescente em pacientes infectados com a COVID-19. O método já foi aplicado em 10 pessoas que se enquadram no protocolo exigido. Os médicos ainda não tiveram resultados, mas têm esperança nos benefícios do procedimento.

 

De acordo com Carlos Eduardo Velano, médico hematologista da Santa Casa, o tratamento é feito com o plasma de pessoas que se recuperaram da COVID-19 e desenvolveram anticorpos da doença.

 

“Começamos a utilizar o plasma convalescente na última semana. É uma tentativa a mais de ajudar os pacientes internados com COVID-19 graves, de piora mais rápida. Essa é uma técnica usada há muitos anos em várias localidades para tratamento de diversos tipos de doença”, diz médico.

O que se sabe sobre o tratamento com plasma convalescente para a COVID-19

 

Velano explica que o protocolo seguido é de um estudo americano, publicado pela Sociedade Americana de Patologia Investigativa.

 

“Ainda é um protocolo muito recente, alguns locais tendem a usar, mas ainda temos muitas dificuldades. Os resultados são conflitantes. Estudo mostrou benefícios em alguns tipos de pacientes. Ainda fizemos em poucos pacientes, que se encaixam nesse protocolo. A gente ainda está no começo. Ainda não temos resultados, mas é uma tentativa”, explica o médico.

 

A médica Mayra Cristina Araújo, umas das responsáveis pela enfermaria e Centro de Terapia Intensiva (CTI) COVID-19 participou do processo.

 

“Foi uma discussão minha com o dr. Carlos, da hematologia, em um fim de semana, quando procuramos um protocolo e entramos em contato com colegas de outro serviço que estão usando o procedimento e iniciamos com autorização dos pacientes acordados e dos familiares”, diz médica.

 

Mayra conta que já foi infectada pela doença e fez a doação do plasma para dois pacientes. “Para fazer plasma precisa ter o mesmo tipo sanguíneo. Eu, como médica da ala COVID-19 e com IGG positivo, fui a primeira doadora, pois era compatível com o paciente que escolhemos iniciar, que tem apenas 27 anos e havia sido intubado”, diz médica.

 

O hospital ainda não tem os resultados desses pacientes que receberam o tratamento, mas, segundo os médicos, a evolução está sendo positiva. “O hospital disponibilizou uma ajuda a mais para esses pacientes. Estamos torcendo para que isso venha trazer benefícios para essas pessoas”, ressalta médico hematologista.