Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), as vendas de maquiagem caíram 19% no período entre janeiro e junho de 2020, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Ao mesmo tempo, o consumo de máscaras faciais cresceu 51,7% no mesmo intervalo. Para o dermatologista Lucas Miranda, as pessoas estão mais preocupadas com a saúde da pele porque estão mais conscientes de que uma pele saudável terá mais viço, menos manchas, poros mais discretos e menos oleosidade. “Tudo isso gera menor dependência do uso da maquiagem”, diz. Para sentir essa diferença, Lucas Miranda explica que é essencial o uso diário do protetor solar e produtos de higienização facial específicos para cada tipo de pele; nunca se esquecer de remover a maquiagem antes de dormir; fazer esfoliação uma vez por semana; hidratar com produtos específicos; e beber bastante água. “Há também muitos equipamentos e tratamentos avançados na dermatologia que vão tratar condições específicas com resultados excelentes, como a tecnologia laser Spectra XP para melasma, aplicações de bioestimuladores para flacidez, Ultraformer III para produção de colágeno, entre outros.”
Glaucoma, vilão silencioso
Imagine uma doença que acomete 76 milhões de pessoas no planeta, e metade delas não foi diagnosticada ou tratada e corre o risco de perder a visão. É o glaucoma. Na maioria dos casos, assintomático no início, a perda gradual da visão começa partir da periferia do olho até chegar ao campo central. “A pessoa com glaucoma pode enxergar muito bem à sua frente, até mesmo letras pequenas, porém, deixa de visualizar um grande objeto passando em seu lado, até mesmo um carro. Por isso, uma avaliação oftalmológica periódica, principalmente a partir dos 40 anos, é fundamental para o diagnóstico precoce e início imediato de tratamento”, explica Cristiano Caixeta, membro da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) e vice-presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Uma vez comprometida pelo glaucoma, a visão não é restaurada ou recuperada. Entretanto, com tratamento, a doença pode ter sua progressão estabilizada. A meta do tratamento é controlar a pressão intraocular por meio de medicamentos específicos, como colírios de uso contínuo, laser ou cirurgia. Há fatores de risco a serem considerados e que devem antecipar a procura por um oftalmologista, como idade avançada, pressão intraocular elevada, diabetes, histórico familiar, entre outros.
Óleo de coco no cuidado dos fios
O óleo de coco está entre os queridinhos quando o assunto é tratamento dos fios, e é fácil entender o porquê: ele tem vitaminas A, E e ferro, que ajudam a manter a barreira protetora do cabelo, diminuir o frizz, hidratar profundamente, combater as pontas duplas e ajudar na manutenção da saúde do couro cabeludo. A Ricca preparou algumas dicas para incluí-lo na rotina de cuidados. Confira:
– Use e abuse das máscaras capilares: É importante que o óleo de coco seja incorporado a fórmulas de produtos de beleza e não aplicado puro. Máscaras capilares com nanotecnologia são capazes de penetrar na fibra capilar, hidratando as mechas profundamente, melhorando a maleabilidade, além de diminuir o aspecto quebradiço. Nos fios cacheados, ondulados e crespos, máscaras de tratamento com óleo de coco ajudam também na definição dos cachos.
– Aposte em sprays antifrizz: O óleo de coco é um forte aliado para dar adeus aos fiozinhos arrepiados. Por isso, para aqueles dias em que o cabelo não quer se comportar, ele também é bem-vindo. Sua ação é capaz de selar a cutícula e eliminar o frizz, minimizando o ressecamento. De quebra, também repara as pontinhas e dá um brilho sem igual.
Queda capilar e COVID-19
Entre as queixas após a cura da COVID-19 está a queda de cabelo. Especializada em cosmetologia avançada e farmacologia clínica, Jackeline Alecrim explica que “não se trata de uma doença que atacou o couro cabeludo, mas sim de uma condição transitória devido ao estresse imunológico e fisiológico”, afirma. Essa queda dos fios pode persistir por até seis meses, mas existem tratamentos para regularizar o processo de crescimento. “É possível tratar o couro cabeludo com extrato biotecnológico de café, que tem substâncias capazes de estimular fisiologicamente o folículo piloso, melhorando a circulação sanguínea e restabelecendo o funcionamento do folículo capilar”, explica. O tratamento também pode envolver suplementação vitamínica e reposição de glutamina.
Botox preventivo
A toxina botulínica utilizada preventivamente ajuda a rejuvenescer a pele e a suavizar as expressões, promovendo um envelhecimento mais natural. Mas, com quantos anos devem-se iniciar os cuidados preventivos das marcas de expressão? De acordo com o dentista Gustavo Féres, a idade para iniciar os cuidados é relativa e a avaliação de um profissional é determinante. “A faixa de idade ideal para começar a utilizar o botox é entre os 22 e 26 anos, avaliando a necessidade de cada caso. A durabilidade da toxina botulínica é de quatro meses. Quando o paciente inicia o tratamento muito jovem, a manutenção é feita duas vezes ao ano. Esse tratamento iniciado no começo da fase adulta faz com que o paciente, ao chegar em idade mais madura, aparente ser mais jovem, pois assegura que a pele não dobre tanto, dando um aspecto mais natural e jovial à pessoa”, afirma.