Uma bebida que está ‘em alta’ entre as pessoas com hábitos alimentares saudáveis não tem comprovação científica sobre sua funcionalidade probiótica. O 'kombucha' foi tema de pesquisa na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que alerta para as doses seguras da substância.
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O inóculo tem leveduras, bactérias ácido-acéticas e bactérias ácido láticas, que se desenvolvem e produzem a bebida. Além disso, há também uma diminuição do Ph da parte líquida, que ajuda a eliminar a contaminação por microrganismos contaminados, que prejudicam o corpo humano.
Segundo o pesquisador, o estudo realizado na Faculdade de Farmácia da UFMG tem objetivo de caracterizar o kombucha em partes químicas e farmacológicas. Entre os destaques da pesquisa, Cosme fala sobre alguns dados que já mostram propriedades da bebida, mas deixa um alerta: “Na literatura científica temos algumas alegações de alguns dados que já dão propriedade para a bebida, mas quero ressaltar que esses estudos foram feitos, majoritariamente, in vitro ou animais”.
De acordo com Cosme, existem dados sobre a propriedade antioxidade, atividade antimicrobiana e hepatoproteção, que é a proteção do fígado. Outros estudos estão sendo realizados para comprovar as teses sobre o kombucha, que é ‘uma bebida promissora’ e será bastante explorada.
“É uma bebida promissora, que vai ser bastante estudada e explorada nos próximos anos. Mas para a população em geral, é preciso tomar cuidado ao buscar dados sobre, porque temos muitas informações inverídicas circulando na internet. É preciso pesquisar em lugares seguros. Em uma busca rápida, encontramos centenas de alegações sobre o kombucha, mas poucas são comprovadas e algumas outras estão em estudo”, finaliza o doutor.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira