A amamentação é a estratégia que mais contribui para a diminuição da mortalidade infantil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Dados do Ministério da Saúde ilustram bem esse cenário, já que os índices apontam que o aleitamento materno reduz em 13% a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de 5 anos.
Além disso, os riscos de desenvolver um câncer de mama reduzem em 6% a cada ano que a mulher amamenta.
Além disso, os riscos de desenvolver um câncer de mama reduzem em 6% a cada ano que a mulher amamenta.
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COVID-19: Posso tomar a vacina se estiver grávida ou amamentando? Amamentação reforça vínculo entre mãe e filhoDesafios emocionais no ato de amamentarDrogaria de Minas faz campanha em homenagem aos paisComo foi descoberta fórmula de leite que salva bebês desde 1860COVID-19: Audiência na CMBH discute prioridade de lactantes para a vacinaÉ aí que entram os bancos de leite, que funcionam como centro de apoio, proteção e promoção ao aleitamento materno, a fim de garantir o alimento a crianças por meio de um trabalho desenvolvido em conjunto com UTIs neonatais.
Os profissionais dos bancos de leite oferecem suporte para coleta, armazenamento, seleção, classificação, processamento, controle de qualidade, estocagem sob congelamento e distribuição.
Os profissionais dos bancos de leite oferecem suporte para coleta, armazenamento, seleção, classificação, processamento, controle de qualidade, estocagem sob congelamento e distribuição.
“A doação é essencial para ajudar a salvar vidas. Um litro de leite humano pode atender até 10 recém-nascidos internados”, afirma Maria Lúcia Ferreira Ramos Silva, coordenadora do Banco de Leite gerenciado pelo Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” (Cejam), do Hospital Municipal do Campo Limpo.
Nesse cenário, para conscientizar a sociedade sobre a importância do aleitamento materno e da doação, foi criado o Dia Mundial de Doação do Leite Humano, celebrado nesta quarta-feira (19/5). No Brasil, a data marca o início da Semana Nacional de Doação do Leite Humano, que promove debate acerca do assunto, sob o slogan: “A pandemia trouxe mudanças, a sua doação traz esperança”, além de divulgar os bancos de leite no Brasil.
E, afinal, quem pode doar? Qualquer mulher que esteja amamentando ou que produza leite em excesso. Para isso, no entanto, é necessário que a mãe esteja saudável, não faça uso de medicamentos controlados, não tenha feito tatuagem ou recebido transfusão sanguínea por, no mínimo, um ano e disponha de tempo para ordenhar e doar o leite excedente.
Para isso, os Bancos de Leite Humano fazem uma pré-pesquisa do histórico da mãe e agendam uma visita, com todas as precauções exigidas pela pandemia, para coletar os exames necessários que comprovem que ela está apta para fazer a doação e orientar a respeito da retirada e armazenamento do leite. A coleta é realizada semanalmente.
Mulheres que estão com suspeita ou foram contaminadas pela COVID-19 devem suspender a doação por 14 dias. Porém, a amamentação de seus bebês deve permanecer sem interrupção, seguindo protocolos de higiene nas mãos e uso de máscara.
BENEFÍCIOS
O leite materno pode evitar infecções respiratórias, intestinais e diminuir os riscos de alergias e diarreias. Além disso, os benefícios podem ser vistos também ao longo da vida adulta, podendo evitar diabetes, colesterol alto, hipertensão e obesidade. O leite materno também ajuda a combater a fome e a desnutrição e a garantir a segurança alimentar.
Por esse motivo, o alimento é indicado pela OMS como exclusivo durante os primeiros seis meses de vida e contínuo – com a introdução de novos alimentos – até os 2 anos de idade.
“Além dos benefícios à saúde e desenvolvimento da criança, a amamentação é um estabelecimento afetivo entre a mãe e o bebê. Por meio dela, são transmitidos segurança, proteção e amor”, destaca a enfermeira Maria Lúcia Ferreira Ramos Silva.