Um estudo coordenado por instituições de ensino e saúde na Nigéria avaliou os efeitos do tratamento com ivermectina em pacientes com oncocercose (doença parasitária crônica) na produção e funções dos espermatozoides. Além de não ser eficaz para o tratamento da COVID-19, a ivermectina também reduz significativamente a contagem e a motilidade (capacidade de se mover) dos espermatozoides, além de acarretar anomalias morfológicas, como cabeças e caudas duplas, cabeças enormes e espermatozoides albinos.
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Os resultados também sugerem uma possível interferência na fertilidade masculina. Os pesquisadores recomendam ainda estudos mais aprofundados a fim de verificar se a ivermectina também origina efeitos adversos em outros órgãos, como coração, fígado, rim e pulmões.