O linfoma é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático. E pode ser dividido em dois grupos, o linfoma de Hodkin e o linfoma não Hodkin.

A diferença é que o linfoma de Hodkin é um tipo de câncer mais raro, que afeta pessoas mais velhas e atinge células de defesa do corpo mais específicas, enquanto o linfoma não hodkin é mais comum e normalmente se origina a partir dos linfócitos B e T.



 

No dia que celebra a conscientização sobre esse câncer - 15 de setembro - a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular traz informações sobre um novo possível tratamento eficaz contra a doença.

 

A técnica conhecida como células CAR-T é uma das novas promessas nos tratamentos para garantir uma qualidade de vida melhor e, em alguns casos, pode até aumentar as chances de cura para algumas doenças, dependendo do estágio. É uma opção de tratamento muito menos invasiva e que possui bem menos efeitos colaterais se comparado com a quimioterapia normal. 

 

O tratamento é feito com células de defesa reprogramadas do próprio paciente. Através do aréfese, procedimento bastante utilizado na doação de sangue, o linfócito T - responsável por comandar uma resposta do corpo contra as células cancerígenas - é retirado do próprio sangue do paciente e incubado com um vírus responsável por produzir a proteína Quimérica, que tem o papel de reconhecer a célula tumoral que este linfócito modificado precisa combater. 





 

Depois dessa modificação, o linfócito T precisa ser multiplicado, isso é feito in vitro. Após atingir a quantidade necessária, os linfócitos são colocados de volta no paciente através do aréfese. 

 

“Tenho quase 50 anos de profissão e não imaginava que viveria para conhecer a chegada dessas novas técnicas chamadas ‘free chemotherapy’, ou seja, quimioterapia livre. E o que me deixa feliz é saber que esse é um marco de uma nova era em que procedimentos invasivos devem ser substituídos cada vez mais por processos inovadores, eficazes e com menos efeitos colaterais para o paciente”, revela o hematologista Carlos Chiattone, diretor científico da ABHH (Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular)

 

*Estagiária sob supervisão da editora Teresa Caram 

compartilhe