Uma equipe, liderada por cientistas da Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, conseguiu transplantar dois rins de porco geneticamente modificados para um ser humano com morte cerebral. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (20/1) em um artigo científico publicado na revista American Journal of Transplantation.
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"Em resumo, nosso estudo sugere que as principais barreiras ao xenotransplante humano foram superadas e identifica onde novos conhecimentos são necessários para otimizar os resultados do xenotransplante em humanos", conclui os cientistas.
O rim do porco precisa ser geneticamente modificado para que não cause rejeição no ser humano. Estudos para que o xenotransplante seja possível já são realizados há anos no mundo. No Brasil, a Universidade de São Paulo (USP) desenvolve pesquisa similar que deverá fazer testes em humanos em dois anos.
Em outubro, médicos do centro médico Langone Health da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, realizaram o primeiro transplante do tipo no mundo, porém o resultado da operação ainda não foi publicado em artigo científico.
O rim também foi monitorado pelos três dias seguintes, não apresentou sinais de rejeição e continuou funcionando normalmente.
Transplante de coração
No mesmo sentido, em janeiro foi transplantado o primeiro coração de porco para um ser humano. A cirurgia foi realizada no Hospital Universitário de Maryland. O homem de 57 anos vivia ligado a uma máquina para que o sangue circulasse. Até o momento, ele não apresentou rejeição ao coração do porco.