Um estudo, publicado na JAMA Network nesta sexta-feira (21/1), aponta que pessoas com sintomas depressivos têm uma maior tendência a acreditar em informações falsas sobre as vacinadas contra a COVID-19. De acordo com os pesquisadores, isso ocorre porque pessoas neste quadro têm mais predisposição a de se concentrar em informações negativas, em vez de positivas.
Na pesquisa, os cientistas analisaram respostas de 15.464 pessoas em todo os Estados Unidos por meio de um formulário eletrônico. Primeiro, elas responderam um questionário que mediu sintomas depressivos e depois perguntas relacionadas à vacina da COVID-19.
Aqueles com mais sintomas depressivos eram mais propensos a acreditar em pelo menos uma das quatro declarações falsas sobre as vacinas. Além disso, as pessoas que eram mais propensas a acreditar nas informações falsas tinham maior tendência em não terem se vacinado.
De acordo com a pesquisa, a presença de depressão foi associada a uma probabilidade 2,2 vezes maior de endossar desinformação, e os entrevistados que endossaram pelo menos uma declaração de desinformação tiveram metade da probabilidade de serem vacinados, e eram 2,7 vezes mais propensos a relatar resistência à vacina.
Eles também analisaram as respostas de 2.809 pessoas que responderam a mesma pesquisa dois meses depois. Aqueles com depressão na primeira pesquisa eram duas vezes mais propensos do que aqueles sem depressão a endossar mais desinformação do que na pesquisa anterior.
Segundo os pesquisadores, o estudo apresenta mais uma razão pelo qual a depressão deve ser levada a sério e receber um tratamento adequado.