Nessas condições, é fundamental unir os métodos científicos a um tratamento com empatia e apoio emocional para ajudar no processo de entender o que ocorreu e seguir para uma nova gravidez.
Da 12ª até a 20ª semanas, a frequência de perda espontânea fica mais baixa, mas ainda pode ocorrer em 10% dos casos. Nesse período, a recorrência pode causar uma condição mais grave, chamada aborto de repetição.
"O sentimento de perda para a mulher e para o casal, é um luto, um sofrimento muito grande. É preciso estar do lado, ter atenção, dar suporte"
João Pedro Junqueira Caetano, ginecologista e especialista em reprodução assistida da Huntington Pró-Criar
“É importante falar do apoio emocional multidisciplinar que o casal precisa nesse momento para se ter resiliência e o médico precisa ter empatia. É a palavra-chave. O sentimento de perda, o emocional para a mulher e para o casal, é um luto, um sofrimento muito grande. É preciso estar do lado, ter atenção, dar suporte”, analisa.
“O grande problema hoje é a perda gestacional sem causa aparente. Quando o casal tem perdas assim, você faz exames para tentar identificar – como os testes genéticos que detectam alterações cromossômicas como translocação –, mas uma pequena parcela você fica sem saber”, aponta.