O Brasil registra, a cada ano, 11 mil novos casos de câncer no esôfago, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Esse é o tema da campanha Abril Azul Claro. E é um problema que pode passar despercebido, a princípio, já que os sintomas se parecem com outros desequilíbrios. Um dos sinais de que algo está errado é a dificuldade em engolir alimentos (disfagia). Entre as manifestações iniciais da doença, também estão dor na região central do peito, náuseas, vômitos e falta de apetite.
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O diagnóstico se dá através da endoscopia, exame considerado de caráter invasivo. O procedimento procura possíveis lesões no tubo digestivo e, se realmente estiverem presentes, uma biópsia é feita no mesmo momento do exame. "Mas a endoscopia realizada rotineiramente como forma de prevenção não é indicada, visto que os riscos do procedimento se sobrepõem aos benefícios. Não há, portanto, até então, um método de rastreio recomendado", pondera Patrícia Azevedo.
O tratamento varia conforme cada paciente. Pode incluir endoscopias e cirurgias, ou quimioterapia e radioterapia. "Em estágios iniciais podemos indicar tratamento endoscópico e cirurgia. Conforme o avanço da doença, podem existir algumas combinações de tratamento", diz a especialista. Se as terapias forem iniciadas precocemente, a chance de cura pode passar de 80%.