A mobilidade é a capacidade do corpo em executar movimentos de pequena e grande amplitudes, livres de qualquer restrição, e está diretamente relacionada com as articulações. Uma boa mobilidade articular significa ter articulações capazes de manter suas funções primárias básicas ativas.
“A função-base do nosso quadril é a mobilidade; já a dos joelhos é a estabilidade. Quando a articulação é capaz de exercer seu papel de forma correta, isso proporciona maior longevidade e saúde a elas”, explica o educador físico Renato Caran.
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A sobrecarga em uma ou outra articulação pode ocasionar algum tipo de lesão e/ou compensação e sobrecarga na articulação auxiliar. Recomenda-se, quando há pouca mobilidade, procurar um profissional do movimento – educador físico ou fisioterapeuta – para que seja avaliado e identificado qual ou quais articulações precisam ser trabalhadas para melhora e ganho de mobilidade se houver déficit.
“Em relação a dores, na maioria das vezes conseguimos resolver esses problemas com uma melhora na amplitude das articulações, promovendo assim melhor bem-estar, postura, saúde e qualidade de vida. Um sujeito bem-orientado pode ter suas dores resolvidas com um bom treino de mobilidade” esclarece Caran.
A prática de atividade física regular, além disso, quando se incluem os movimentos de mobilidade de forma assistida e bem orientada, gera a longevidade e saúde das articulações, promovendo assim movimentos mais fáceis de serem executados e mais autonomia com o avançar da idade.
CUIDAR DA POSTURA
João Al Tati, jornalista publicitário, de 28 anos, conta que sua mobilidade é algo que sempre procura trabalhar atualmente, já que não foi uma pessoa muito ativa ao longo de sua juventude. “Fui correr atrás do prejuízo já na minha vida adulta, então a mobilidade articular foi essencial para eu aprender a ter postura, entender que é necessário sempre trabalhá-la para conseguir executar certos movimentos para que eu possa ter um maior desempenho, até mesmo na minha vida profissional e social.”
Segundo o jornalista, após a prática de exercícios para mobilidade articular, ele percebeu uma melhora significativa na questão da postura, na progressão de movimentos, além da melhora nas noites de sono e rigidez do corpo.
Keyla Al Heuz, servidora pública, de 41, diz que a mobilidade é algo fundamental para prática de qualquer atividade física. Por praticar crossfit, ela afirma que foi mais que essencial começar a trabalhar sua mobilidade. Segundo Keyla, após lesionar o ombro ao se exercitar, foram somente com aulas de mobilidade articular e fisioterapia que ela conseguiu se recuperar.
“Praticando minha mobilidade todos os dias antes de me exercitar, eu evito me lesionar, como já havia acontecido. É uma prática preventiva fundamental, que passou a fazer parte da minha rotina diária”, finaliza a aluna.
* Estagiária sob supervisão da editora Teresa Caram
Tipos de mobilidade articular
Mobilidade osteocinemática é o movimento de um osso em relação ao outro, conhecida também
como movimentos fisiológicos – como virar o pescoço, dobrar os joelhos e os braços.
Mobilidade artrocinemática é o movimento que acontece no interior da articulação, o qual descreve a distensibilidade na cápsula articular, permitindo que os movimentos fisiológicos ocorram ao longo da amplitude do movimento, sem lesar as estruturas articulares. Esses movimentos não podem ser realizados ativamente pelo paciente. São cinco os movimentos artrocinemáticos: giro, rolamento, tração, compressão e deslizamento. Também é conhecido como movimento acessório.
Fonte: Renato Caran