Pesquisadores mineiros estão em busca de demonstrar por meio de uma pesquisa científica que a mamografia contrastada (angiomamografia) pode contribuir de maneira muito eficiente no acompanhamento do tratamento de câncer de mama. Em Belo Horizonte, uma clínica está selecionando pacientes do SUS para o estudo clínico, que acontece por meio da realização de mamografia contrastada.
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O dirigente da pesquise é o médico e coordenador do Departamento de Imagem Mamária da Sociedade Brasileira de Mastologia, Henrique Lima Couto. Segundo o especialista, que já aplica o método inovador na Redima - única clínica da capital a realizar esse exame, declarou que o estudo vai avaliar a capacidade da mamografia contrastada em detectar lesões ocultas não percebidas pela mamografia digital, além de predizer e avaliar a resposta ao tratamento quimioterápico.
"Infelizmente, o SUS não oferece a RM de mamas de rotina para pacientes pré-quimioterapia. Além disso, há uma escassez de aparelhos de ressonância. A mamografia contrastada, então, tem o potencial de responder a essa demanda de forma eficiente", avalia o médico.
Na realização da pesquisa, junto ao coordenador está Bertha Coelho, mastologista da clínica Mater, de Montes Claros, e a mestranda Érica Condé. O estudo, explica Bertha, deve promover o acesso às paientes ao que há de melhor em diagnóstico por imagem. "Estamos falando em elevar o padrão, se comparado ao que temos hoje, e isso sem elevar os custos, já que a mamografia contrastada é acessível, fácil de operar e com resultados rápidos", avalia.
A pesquisa está sendo desenvolvida na clínica Redimama, em Belo Horizonte, através da seleção de pacientes do SUS indicadas com o objetivo de avaliar o potencial da mamografia com contraste em predizer e acompanhar a resposta da quimioterapia neoadjuvante em pacientes diagnosticadas com câncer de mama.
O câncer de mama é o que mais atinge as mulheres no Brasil e no mundo. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), de 2020 até 2022, estima-se que 66.280 novos casos da doença sejam diagnosticados no país.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.