Você já ouviu falar em Espondilite Anquilosante? Mesmo pouco conhecida, milhares de pessoas podem ter a doença e não sabem.
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Para chamar a atenção e promover a conscientização da sociedade sobre a doença, a Janssen, empresa farmacêutica da Johnson&Johnson, lança a iniciativa "Combata a Dor: enfrente a Espondilite Anquilosante e conquiste mais movimento", que traz um game como ferramenta de engajamento e educação.
Campanha de Conscientização: tecnologia em prol da saúde
A campanha "Combata a Dor" da Janssen, vai mostrar através de um game educativo a importância da identificação dos sintomas, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado de maneira leve e conectando ao universo do paciente de Espondilite Anquilosante.
No dia 13 de maio, um prédio na Avenida Paulista, no coração de São Paulo, será transformado em uma grande tela gamer. Diretamente do local, o famoso streamer Felipe Zaghetti, mais conhecido no universo gamer como Felps, estará acompanhado de um paciente e juntos disputarão um game de desafios com as principais informações sobre a doença e sobre o dia a dia do paciente.
Na ocasião, também será disponibilizado um espaço de prestação de serviço com muita interação e informação. Médicos parceiros estarão no local com orientações sobre sintomas suspeitos e reforçando o papel do reumatologista no diagnóstico da doença.
"É um espaço de oportunidades para amplificar as mensagens sobre a doença e identificar possíveis novos pacientes. Nesse universo ainda conseguimos direcionar mensagens ao paciente já diagnosticado, reconhecendo a sua dor, incentivando a adesão e manutenção do tratamento. Além de reforçar e valorizar também o papel do reumatologista em sua jornada", declara Luciana Sobral, Diretora de Comunicação da Janssen.
A iniciativa também conta com o envolvimento da comunidade médica e das associações de pacientes Biored Brasil, GARCE (Grupo de Apoio aos Pacientes Reumáticos do Ceará) e GRUPAL (Grupo de Pacientes Artríticos). As ações da campanha foram planejadas para o mês de maio, mês em que se comemora a efeméride da doença.
Principais sintomas da doença
É comum os primeiros sintomas serem vistos como consequência das atividades do dia a dia ou serem confundidos com outras doenças. Porém, com o tempo, as constantes dores nas costas e a diminuição da mobilidade por conta da fusão óssea chamada de anquilose, acabam gerando grandes impactos na vida dos pacientes.
Por isso a importância de se conhecer a doença. A informação correta leva ao reconhecimento dos primeiros sintomas, permitindo diagnóstico precoce e tratamento adequado, e garantindo mais qualidade de vida ao paciente.
A Espondilite Anquilosante atinge em sua maioria, homens jovens, de 20 a 40 anos, mas também pode acometer mulheres da mesma faixa etária. Familiares de pessoas com a doença têm mais chances de serem afetados.
Apesar de cada paciente ter a sua própria experiência, os sintomas mais comuns são dores na coluna que por vezes irradiam para as nádegas, pioram com o repouso e melhoram com movimento, podendo inclusive despertar o indivíduo do sono.
O quadro geralmente surge lentamente, persiste por mais de 3 meses e pode vir acompanhado de dores e inchaços em articulações como pés e tornozelos, mais intensas ao se levantar pela manhã. Outros sinais de alerta que também podem ser relacionados à Espondilite Anquilosante são a uveíte (inflamação no olho) da região colorida do olho), a psoríase (inflamação da pele com característica descamativa e avermelhada) e a colite (inflamação do intestino).
"O diagnóstico tardio, a demora para chegar ao especialista e iniciar o tratamento adequado tornam a jornada dessas pessoas ainda mais difícil. Esses fatos reforçam a importância de identificar precocemente a doença, acompanhar esse paciente e colocar à sua disposição tratamentos inovadores que vão ajudá-lo a conquistar mais qualidade de vida", afirma o reumatologista Cristiano Campanholo, membro da Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Papel do reumatologista
Visto por alguns como "médicos dos idosos", os reumatologistas são profissionais especialistas em doenças dos ossos e articulações, bem como de doenças inflamatórias e autoimunes em pessoas de todas as idades e estão preparados para entender e reconhecer a ampla gama de sinais e sintomas presentes nessas condições.
"Os sintomas da doença geralmente se iniciam em indivíduos ainda jovens e persistem por longos períodos até que sejam reconhecidos os sinais de alerta como cronicidade da dor e ritmo inflamatório (que piora com repouso e melhora com exercícios). O reumatologista poderá avaliar a origem das dores e realizar o diagnóstico e tratamento de doenças imunes como a Espondilite Anquilosante", afirma Campanholo.
O detalhamento das informações trazidas pelos pacientes é de grande importância para o raciocínio médico, então uma sugestão é que se faça um diário com os sintomas e fenômenos clínicos associados para ajudar na identificação precoce da doença", complementa o especialista.
Diagnóstico
O diagnóstico da Espondilite Anquilosante é realizado a partir da identificação de um conjunto de sinais e sintomas com o auxílio de exames de imagem (radiografia e ressonância magnética) e exames laboratoriais que auxiliam na investigação diagnóstica.
Outros impactos na vida do paciente
A ameaça de perder a independência física e motora recai sobre uma faixa da população que costuma estar no auge da vida produtiva e social. Muito frequentemente esses pacientes apresentam comorbidades em saúde mental, como transtornos de ansiedade e depressão, podendo se isolar por causa da dor.
"Esse paciente também acaba deixando de realizar diferentes atividades, seja porque sente dor e consequentemente limitação dos movimentos, seja pelo isolamento social ou pela longa jornada até o diagnóstico", explica Campanholo.
Os pacientes de Espondilite Anquilosante também estão mais expostos a outras doenças concomitantes como fibromialgia, doenças coronarianas, diabetes, osteoporose, entre outras. "Como estamos tratando de uma doença autoimume, outras patologias desencadeadas pelo mesmo mecanismo acabam sendo mais frequentes nestes pacientes", complementa o especialista.
Tratamento adequado = mais qualidade de vida
Para o alívio e controle total da dor existem tratamentos cada vez mais inovadores que trazem mais qualidade de vida para o paciente. Eles são determinados de acordo com a fase da doença e podem variar desde o uso de anti-inflamatórios e a prática de atividades físicas, já que os sintomas da doença podem melhorar com exercícios, até a terapia imunobiológica, um dos tratamentos mais inovadores disponíveis hoje. Após análise e diagnóstico, o reumatologista será capaz de prescrever o melhor tratamento para o paciente.