A pílula anticoncepcional surgiu na década de 60, desde então pesquisas vêm esmiuçando a ligação entre os hormônios presentes no anticoncepcional (estrogênio e progesterona) com o surgimento de tromboses venosas. Isso acontece, porque esses hormônios têm como alvo os vasos sanguíneos que contêm receptores em suas camadas constituintes, o que altera a circulação e aumenta a chance de formação de coágulos nas veias profundas, dentro dos músculos.
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O coágulo (trombos) causa uma inflamação na parede do vaso, chamada Trombose Venosa Profunda (TVP), e obstrui o fluxo sanguíneo. O quadro se torna mais grave quando esse trombo se desloca até o pulmão, causando uma embolia pulmonar na paciente. A localização mais comum de TVP é nos membros inferiores, manifestando-se com dor e edema (inchaço) nas pernas, mas ela pode acometer qualquer veia do corpo.
Principais sintomas da trombose venosa:
- Edema ou “caroço” em somente uma das pernas;
- Veias dilatadas;
- Aumento da temperatura local;
- Dor ou sensação de peso;
- Rigidez da musculatura.
No entanto, isso não significa que as pessoas devem interromper o uso de anticoncepcionais. A incidência geral de trombose venosa em pacientes em uso de anticoncepcional é baixa, mas é existente. Qualquer medicação está sujeita a complicações e a decisão se o risco/benefício vale a pena é feito entre você e o seu médico.
De acordo com Josualdo, há certas situações que aumentam o risco de trombose, como:
- Obesidade;
- Tabagismo;
- Diabetes;
- Sedentarismo;
- Histórico pessoal e/ou familiar de doença trombótica.
"NesSas situações é aconselhável orientar com seu ginecologista sobre outros métodos contraceptivos", conclui o especialista.
Caso se consiga eliminar os outros fatores, fica a possibilidade do anticoncepcional ser a causa. É muito importante que caso tenha trombose venosa profunda seja realizado o diagnóstico e tratamento precoce. O tratamento na maioria dos casos é com uso de medicamentos orais e sem necessidade de internação.
*Estagiária sob supervisão