A campanha nacional sobre o autismo deste ano tem como lema ‘Lugar de autista é em todo lugar’. O objetivo dessa iniciativa é levar informações para a população e combater a discriminação contra as pessoas com autismo.
A campanha é destinada à conscientização do transtorno no desenvolvimento que causa dificuldades na comunicação, capacidade de aprendizado e adaptação, que pode influenciar as relações sociais ou afetivas. Estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007, a iniciativa tem como objetivo informar a população sobre o transtorno do espectro autista (TEA) e, a partir desse conhecimento, diminuir a discriminação e o preconceito da sociedade.
Leia Mais
Autismo: o que é camuflagem social, que dificulta diagnóstico em meninasAutismo: a linguagem da tolerânciaIsolamento social impõe novos desafios a pessoas com autismo A jovem com autismo aprovada em medicina que derruba mitos sobre condição no TikTokManual ensina habilidades básicas para pessoas com autismoRol taxativo: famílias vivem misto de perplexidade e insegurança com cortesMuseu de BH faz ação gratuita em comemoração ao Dia Mundial do BrincarEstudos comprovam como a pandemia da COVID-19 afetou a qualidade do sonoDia do Assistente Social: empatia, compaixão e persistênciaComer menos e em horários regulares é receita para viver maisSegundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o transtorno do espectro do autismo afeta o desenvolvimento neurológico e se caracteriza por dificuldades de comunicação e interação social e pela presença de comportamentos e interesses repetitivos ou restritos. Estima-se que essa condição afeta cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil.
Para a deputada Ana Paula Siqueira (Rede), os maiores desafios das pessoas com autismo são a educação e a empregabilidade. Ela lembra que grande parte das mães de autistas acabam sobrecarregadas com o acompanhamento de seus filhos e defende: “Reflexão, informação e conhecimento são importantes para promover uma sociedade igualitária e justa para todos”.
Séries e livros desempenham papel importante na hora de difundir esse assunto e dar visibilidade e representatividade às pessoas com TEA. São várias as produções e obras que trazem no enredo personagens com autismo. Escolha o seu favorito, reserve a poltrona e prepare a pipoca!
Livro “Imperfeitos” Um relato íntimo de como a inclusão e a diversidade podem transformar vidas e impactar o mercado de trabalho. A inclusão de profissionais PCDs ainda está longe de ser uma realidade nas empresas, mesmo com a lei de cotas. Nesse livro, Julie Goldchmit, assistente de marketing da Unilever e portadora do espectro autista, conta sua história de luta (ao nascer, os médicos disseram que ela não seria capaz de andar ou falar), a dificuldade para estudar em uma escola regular e posteriormente, os desafios para entrar no mercado de trabalho. Além disso, detalha a importância de as empresas promoverem a inclusão de profissionais PCDs nas empresas e como isso é um ganho para a sociedade e as empresas. O livro pode ser adquirido pela Amazon Prime – https://amzn.to/34PWuUl.
* Estagiária sob supervisão da editora Ellen Cristie
Serviço
“Imperfeitos”
Autor: Julie Goldchimt
157 páginas
Editora: Maquinaria Sankto
Preço: R$ 35,90
Séries
Atypical
Sam tem apenas uma missão… encontrar uma namorada depois da orientação de sua terapeuta. Em “Atypical”, um adolescente com traços de autismo vai mexer com as estruturas familiares e fazer todos com quem convive embarcarem numa aventura de autodescoberta ao mesmo tempo em que fala sobre escola, trabalho, amor, amizade e a sua busca por independência. A série britânica, com quatro temporadas, trata o autismo de forma leve, sensível e bem-humorada, revelando o olhar do protagonista e de seus familiares para muitas situações.
Onde assistir: Netflix
The good doctor/O bom doutor
Um drama médico em que o protagonista usa seus dons para salvar vidas parece clichê, mas pode ser totalmente diferente. Assim é a vida de Shaun Murphy, um jovem cirurgião extraordinário que tem autismo e síndrome de Savant, trabalha em um renomado hospital e precisa provar para os outros e para si mesmo o tempo toda sua capacidade. “The good doctor” aborda o TEA e outras deficiências de maneira inclusiva e retrata os sonhos e preconceitos enfrentados no local de trabalho.
Onde assistir: GloboPlay
Amor no espectro
Essa série documental australiana acompanha um grupo de adultos solteiros no espectro autista enquanto exploram o universo do namoro. No estilo reality show, o programa já tem duas temporadas e realiza encontros rápidos ou às cegas com os participantes, mostrando como eles lidam com o amor, amigos e família. Cheia de empatia e gentileza, a série também retrata o ponto de vista da família e dos amigos, muitas vezes com a descrição deles sobre os participantes.
Onde assistir: Netflix
Bright minds
Casos peculiares e enigmas dão o tom para a série policial francesa “Bright ninds”, que vai muito além e acaba numa parceria improvável. Tudo acontece depois de a major Raphaelle Coste se deparar com um caso aparentemente simples e receber ajuda de Astrid Nielsen, a arquivista brilhante da biblioteca policial de Paris. O contraponto é justamente na amizade entre a major, que leva uma vida turbulenta resolvendo crimes e não tem um relacionamento amigável com o ex-marido, e Astrid, que tem autismo, uma memória excepcional e trabalha com organização. Entre suspense e investigações, elas demonstram empatia para entender uma o mundo da outra.
Onde assistir: AXN e Vivo Play
Pablo
Direcionada às crianças, essa animação londrina original BBC é inspirada em experiências de jovens que vivem no espectro e todos os personagens são autistas. De maneira leve, cada episódio retrata uma situação do cotidiano muitas vezes desafiadora, como ficar preso no elevador ou ir a uma festa de aniversário. O live-action tem intervenções dos desenhos dos personagens e mostra também como lidar com a ansiedade. O diferencial é que a dublagem é realizada por pessoas com TEA.
Onde assistir: Netflix
* Estagiária sob supervisão da editora Ellen Cristie.