O inverno pode agravar alguns problemas de saúde, como a rinite. Quem sofre com a condição sabe que é só esfriar um pouco que os sintomas se intensificam, o nariz e a garganta já reclamam, os espirros aumentam assim como a coriza. Isso tudo provoca uma situação para lá de incômoda, mas por que isso acontece ou como aliviar os sintomas?
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Diversos fatores podem causar essa inflamação como, poeira, pelos de animais, fuligem, materiais de limpeza, perfumes, medicamentos (remédios descongestionantes) e até hormonais, variações de temperaturas e alimentação. Dessa forma, Danielly reitera que casacos, cobertores e mantas também podem ser vilões neste período, pois se não forem lavados previamente carregam muitos ácaros, pó e fungos que só pioram a rinite.
Quais as dicas para prevenir a rinite no frio?
- Lave o nariz diariamente com soro fisiológico, mantendo a mucosa nasal sempre hidratada e livre dos agentes irritantes e patógenos;
- Mantenha as roupas de frio e cobertores sempre limpos, em sacos plásticos de preferência;
- Mantenha seu ambiente sempre arejado.
"Se você é um paciente que ao menos uma vez ao ano precisa ir ao pronto socorro em crise, realize uma consulta preventiva com um otorrinolaringologista especializado. Nós, rinologistas, podemos avaliar o estágio da doença durante a consulta, traçando assim a melhora tratamento para os períodos críticos de exposição à alérgenos, mudanças climáticas ou de ambiente", salienta a especialista.
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A rinite pode ser classificada em crônica ou aguda. Os sintomas são agudos, esclarece a médica, quando duram apenas alguns dias e são ocasionados por uma exposição bem contextualizada: viagem a um sítio, limpeza de armários, perfumes, pets, produtos de limpeza. Geralmente as crises agudas são autolimitadas e melhoram com o uso de antialérgicos ou remoção do fator que ocasionou a crise.
Já os pacientes com rinite crônica são aqueles que apresentam sintomas persistentes ao longo das semanas, dos meses e até dos anos. "Sintomas como coriza, congestão nasal, espirros e coceira no nariz são frequentes e muitas vezes diários, o que prejudica muito a qualidade de vida e do sono. O grande problema e desafio da nossa especialidade é mostrar às pessoas que que viver assim não é saudável e que tais sintomas não podem ser encarados como "normais" do dia a dia", declara Danielly.
Tratamento
Atualmente o tratamento consiste em estratégias como: mudanças de hábitos de vida, prevenção ambiental, testes alérgicos e dessensibilização alérgica, também conhecido como "vacinas de alergia" ou imunoterapia específica, prescrição de medicamentos antialérgicos ou anti-inflamatórios específicos individualizados e direcionados à cada caso.
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"Alguns pacientes necessitarão em conjunto da abordagem cirúrgica das cavidades nasais, pois, muitas vezes, a rinite alérgica ou a rinossinusite pode ser acompanhada de desvios de septo, bloqueios de drenagem, pólipos, dentre outros", finaliza a médica.
*Estagiária sob supervisão