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Estado de Minas SAÚDE

Por que casos de rinite aumentam com a chegada do inverno?

Ar frio e a baixa umidade, que se intensifica no inverno, provocam inflamação no nariz


17/05/2022 14:33 - atualizado 17/05/2022 17:50

Mulher na cama, com crise de rinite e espirrando
Casos de rinite podem se intensificar no frio (foto: Freepik/Divulgação)

O inverno pode agravar alguns problemas de saúde, como a rinite. Quem sofre com a condição sabe que é só esfriar um pouco que os sintomas se intensificam, o nariz e a garganta já reclamam, os espirros aumentam assim como a coriza. Isso tudo provoca uma situação para lá de incômoda, mas por que isso acontece ou como aliviar os sintomas?

 

A rinite é uma inflamação ou alteração da função das mucosas do nariz. Segundo Danielly Andrade, otorrinolaringologista especialista em nariz, durante o frio, a queda da temperatura gera essa irritação local do nariz, além disso, o ar também fica mais seco, ou seja, com uma umidade relativa abaixo do ideal.

"Isso aumenta o número de partículas em suspensão e irritantes nasais inspirados, estimulando o processo inflamatório. As mucosas do nariz geralmente estão mais secas e mais expostas a esses agentes que provocam a congestão nasal, coriza e todos os outros sintomas", explica.

 

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Diversos fatores podem causar essa inflamação como, poeira, pelos de animais, fuligem, materiais de limpeza, perfumes, medicamentos (remédios descongestionantes) e até hormonais, variações de temperaturas e alimentação. Dessa forma,  Danielly  reitera que casacos, cobertores e mantas também podem ser vilões neste período, pois se não forem lavados previamente carregam muitos ácaros, pó e fungos que só pioram a rinite.

 

Quais as dicas para prevenir a rinite no frio?

 

  • Lave o nariz diariamente com soro fisiológico, mantendo a mucosa nasal sempre hidratada e livre dos agentes irritantes e patógenos;
  • Mantenha as roupas de frio e cobertores sempre limpos, em sacos plásticos de preferência; 
  • Mantenha seu ambiente sempre arejado.

 

Médica Danielly Andrade
Otorrinolaringologista Danielly Andrade (foto: Leo Cabral/Divulgação )
"Se você é um paciente que ao menos uma vez ao ano precisa ir ao pronto socorro em crise, realize uma consulta preventiva com um otorrinolaringologista especializado. Nós, rinologistas, podemos avaliar o estágio da doença durante a consulta, traçando assim a melhora tratamento para os períodos críticos de exposição à alérgenos, mudanças climáticas ou de ambiente", salienta a especialista.

 

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A rinite pode ser classificada em crônica ou aguda. Os sintomas são agudos, esclarece a médica, quando duram apenas alguns dias e são ocasionados por uma exposição bem contextualizada: viagem a um sítio, limpeza de armários, perfumes, pets, produtos de limpeza. Geralmente as crises agudas são autolimitadas e melhoram com o uso de antialérgicos ou remoção do fator que ocasionou a crise.

 

Já os pacientes com rinite crônica são aqueles que apresentam sintomas persistentes ao longo das semanas, dos meses e até dos anos. "Sintomas como coriza, congestão nasal, espirros e coceira no nariz são frequentes e muitas vezes diários, o que prejudica muito a qualidade de vida e do sono. O grande problema e desafio da nossa especialidade é mostrar às pessoas que que viver assim não é saudável e que tais sintomas não podem ser encarados como "normais" do dia a dia", declara Danielly.


Tratamento

 

Atualmente o tratamento consiste em estratégias como: mudanças de hábitos de vida, prevenção ambiental, testes alérgicos e dessensibilização alérgica, também conhecido como "vacinas de alergia" ou imunoterapia específica, prescrição de medicamentos antialérgicos ou anti-inflamatórios específicos individualizados e direcionados à cada caso.

 

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"Alguns pacientes necessitarão em conjunto da abordagem cirúrgica das cavidades nasais, pois, muitas vezes, a rinite alérgica ou a rinossinusite pode ser acompanhada de desvios de septo, bloqueios de drenagem, pólipos, dentre outros", finaliza a médica.

 

*Estagiária sob supervisão 


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