
A síndrome do olho seco é uma alteração na quantidade ou qualidade de uma das três camadas da lágrima formada por água, gordura e muco
cocoparisienne/Pixabay“Isso é mais que o dobro da incidência nas estações quentes antes da pandemia de COVID-19, quando a disfunção atingia 12% dos brasileiros”, destaca o oftalmologista.
Leôncio Queiroz Neto ressalta que a avaliação dos pacientes mostra que prevalece entre eles o olho seco evaporativo. “É o tipo mais frequente desencadeado pelas alterações ambientais, nas pálpebras e no número de piscadas. Normalmente piscamos cerca de vinte vezes por minuto. Na frente das telas de seis a sete vezes e toda a população ficou mais conectada durante a pandemia”, pontua.
A lágrima no olho seco
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A chance de contrair conjuntivite viral durante o frio também é maior, principalmente se a pessoa permanecer em ambientes fechados, lembra o oftalmologista. Isso porque o frio espalha todo tipo de vírus no ar e a diminuição da lágrima deixa os olhos mais expostos. Uma evidência bastante clara da proliferação dos vírus neste período é o aumento dos casos de COVID-19 nos últimos dias.
Gatilhos do olho seco
A incidência da síndrome é de e três mulheres para cada homem. Pode também estar relacionada ao uso de ar-condicionado frio ou quente que diminuem a umidade do ar.
Medicamentos antialérgicos, anti-hipertensivos e antidepressivos e a diminuição dos hormônios sexuais com o envelhecimento interferem nas glândulas lacrimais e causam deficiência aquosa na lágrima, mas é a evaporação a maior causa do olho seco.
Diagnóstico para a síndrome do olho seco

Toda síndrome do olho seco é multifatorial, sofre influência do meio ambiente, estilo de vida, idade, sexo, hábitos alimentares, consumo de água, uso de lente de contato entre outros
LaraGenina/PixabayTratamento para o olho seco
Mas o melhor tratamento para sete em cada 10 pacientes é a luz pulsada que desobstrui a glândula de Meibômio e estimula a produzir a camada lipídica do lágrima.
Isso porque, um estudo da Association for Research in Vision and Ophthalmology (ARVO) mostrou que 70% dos casos de olho seco estão relacionados a uma disfunção nesta glândula. “Já atendi pacientes que depois da aplicação da luz pulsada comemoravam o alívio nos olhos”, afirma.
Leôncio Queiroz Neto conta que chegavam ao consultório com um saco cheio de colírios, mas permaneciam com o desconforto. Pior, se não for aplicado um tratamento efetivo a glândula pode sofrer lesões e causar grave redução da visão.
O tratamento geralmente é feito em três sessões, sendo uma/mês, mas a reaplicação pode ser necessária depois de um tempo. Além de preservar a produção da camada gordurosa da lágrma, observa, a luz pulsada reduz o gasto com colírio.
Seis passos de prevenção do olho seco

Para prevenir o olho seco, diante de telas, pisque voluntariamente e descanse olhando par um ponto distante a cada 20 minutos
raafat ahmed/Pixabay- Nas telas, pisque voluntariamente e descanse olhando par um ponto distante a cada 20 minutos.
- Posicione o computador abaixo da linha dos olhos para manter a superfície ocular mais lubrificada.
- Desligue os equipamentos uma hora antes de ir dormir para ter uma boa noite de sono.
- Limpe a borda das pálpebras com cotonete embebido em xampu neutro para evitar a obstrução das glândulas e a blefarite.
- Beba água. Hidratação nunca é demais. Protege os olhos, a pele e os rins.
- Inclua ômega na dieta. As melhores fontes são: abacate, castanhas e peixes gordos como a sardinha, salmão e bacalhau.
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