(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas JUNHO AMARELO

Campanha reforça importância da prevenção e controle de hepatites virais

Junho Amarelo busca conscientização sobre cuidados com heptatites virais, enquanto pesquisadores estudam casos 'misteriosos' da doença em crianças


04/06/2022 07:23 - atualizado 03/06/2022 17:43

Hepatite viral
Campanha Junho Amarelo alerta para a prevenção e controle das hepatites virais (foto: Reprodução/Pixabay)
Enquanto casos de uma hepatite 'misteriosa' em crianças tem dominado o noticiário mundial, autoridades médicas deram início à campanha Junho Amarelo, que pretende conscientizar a população sobre a importância da prevenção e controle de hepatites virais.
 
A doença na forma aguda que acomete os pequenos ainda é estudada em busca de informações de seus agentes causadores. Já as demais, dos tipo A, B, C, D e E, são amplamente conhecidas dos pesquisadores e da ciência, o que levanta o alerta para uma doença 'silenciosa'.

As hepatites virais B e C são consideradas as formas mais graves e acometem, respectivamente, 1,7 milhão e 756 mil de brasileiros. Sem o tratamento adequado, os quadros podem ser agravados, causando até a morte do paciente. "A hepatite é caracterizada por uma inflamação do fígado e pode levar, entre outros fatores, à cirrose (fibrose/cicatriz), ao câncer e até à morte", alerta Walyson Coelho Costa, professor do curso de Biomedicina da Estácio Belo Horizonte.

 
De acordo com Rosiane Rodrigues de Almeida, professora do curso de Enfermagem da faculdade, os sintomas das hepatites virais costumam se manifestar quando o quadro está em estágio avançado, o que dificulta o tratamento. "Os principais sinais são febre, dor abdominal, fraqueza, náuseas, vômitos, perda de apetite, icterícia (olhos e pele amarelados), urina escura, fezes esbranquiçadas. O diagnóstico precoce é determinante para a cura da hepatite viral, por isso mantenha em dia as consultas médicas", endossa.

Coelho Costa, que também é doutor em Biologia Celular, explica que a doença é desencadeada por uma variedade de agentes: "Dentre os fatores biológicos, destaca-se a infecção pelos vírus da hepatite A, B, C, D e E, sendo a primeira muito prevalente em países subdesenvolvidos, devido ao baixo acesso a saneamento básico, uma vez que o vírus pode estar presente nas fezes e em alimentos mal lavados", detalha.

"Os subtipos B e C, também virais, levam a milhões de infecções no mundo todo, e o subtipo D - raro - é encontrado em pessoas já infectadas pelo vírus da hepatite B. A infecção conjunta com o vírus das hepatites B e D levam a um quadro mais grave da doença. Entre os agentes não biológicos, podem ser citadas a hepatite induzida pelo efeito tóxico de drogas de abuso, do álcool e de medicamentos", complementa o professor. 

Rosiane acrescenta que a doença pode ser prevenida e, por enquanto, há vacinas apenas para os tipos A e B. "Também é fundamental usar preservativo nas relações sexuais, não compartilhar objetos de uso pessoal, como alicates de unhas e seringas", esclarece.

Hepatite 'misteriosa' em crianças


Atualmente, o Ministério da Saúde investiga 72 casos suspeitos de hepatite aguda infantil. Walyson Coelho Costa informa que não foram encontrados agentes virais no organismo das crianças acometidas. "Contudo, verificou-se que algumas crianças com a hepatite misteriosa apresentaram infecções por SARS-Cov-2 - a COVID-19 -, outras por adenovírus e outra parcela apresentou infecção conjunta para os dois vírus. Dessa forma, investigações ainda estão sendo conduzidas na tentativa de descobrir o agente causador da doença", observa.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)