A candidata à vacina de nova geração do consórcio Sanofi-GSK reforça a imunidade de pessoas que receberam previamente doses das de mRNA e causa uma resposta mais forte, comparada à Comirnaty, substância que vem sendo testada pela Pfizer-BioNTech. Em um comunicado de imprensa, as farmacêuticas também afirmaram que o imunizante tem potencial de proteger contra cepas preocupantes da covid-19, como a BA.1 e BA.2, variantes da ômicron.
O estudo de fase 3 demonstrou que, em adultos previamente imunizados, a nova vacina aumentou 15 vezes a quantidade de anticorpos, em relação ao vírus original; 30 vezes contra a beta e 40 vezes contra a ômicron. Segundo o comunicado, o número de neutralizantes foi duplicado contra as subvariantes BA.1 e BA.2, em comparação com o reforço baseado no vírus original, o D614.
Além disso, um estudo independente, realizado pelo Hospital de Paris, demonstrou que, depois da vacinação primária com duas doses da Comirnaty, a candidata da Sanofi-GSK gerou uma resposta mais alta do que o reforço da Pfizer-BioNTech, direcionado à cepa original. O estudo foi feito com 247 pessoas e foi divulgado em um servidor de pré-impressão.
Crianças
O órgão de regulamentação sanitária dos Estados Unidos, Food and Drug Administration (FDA), concluiu que três doses da vacina Pfizer-BioNTech previne a covid em menores de 5 anos. Em uma avaliação postada on-line, dois dias antes de um painel de especialistas que debaterá a imunização em crianças, a FDA também atestou a eficácia da substância da Moderna, à base de mRNA, para menores de 6 anos.
No documento, a agência destaca que as taxas de hospitalização e morte por covid nos EUA é maior em crianças de até 5 anos do que na faixa de 5 a 17, "ressaltando o benefício de uma vacina eficaz" para esse público. Em fevereiro, a Pfizer-BioNTech apresentou o pedido de recomendação do imunizante para os pequenos, mas a discussão foi adiada porque a FDA considerou, então, os dados disponíveis insuficientes.