No Brasil, atualmente, cerca de 15 milhões de adultos convivem com diabetes, doença que faz 6,7 milhões de vítimas no mundo por ano. Dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por inquérito Telefônico (Vigitel) 2021, pesquisa feita pelo Ministério da Saúde (MS), mostra que a proporção de mulheres que vivem com diabetes é maior do que a de homens, 9,61% e 8,58%, respectivamente. A diabetes em mulheres pode desencadear uma série de infecções, como candidíase e infecção urinária.
“A candidíase é a infecção mais comum em pessoas com diabetes porque os elevados níveis de açúcar criam boas condições para o seu desenvolvimento", constata a médica Daniela Angerame Yela, membro da Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Endócrina da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Daniela Angerame Yela ainda explica que manter os níveis de glicemia sob controle pode ajudar a reduzir o risco desta infecção. “Se tem diabetes, deve ter atenção especial aos sintomas e fazer exames periódicos para detectar infecções vaginais.”
A especialista lembra ainda da possibilidade das mulheres com diabetes desenvolverem a Síndrome dos Ovários Policísticos, na qual o corpo da mulher produz um número alto e fora do comum de hormônios masculinos, como a testosterona, interferindo na ovulação e, em muitos casos, na sensibilidade do corpo à insulina - dificultando o controle glicêmico.
“A candidíase é a infecção mais comum em pessoas com diabetes porque os elevados níveis de açúcar criam boas condições para o seu desenvolvimento", constata a médica Daniela Angerame Yela, membro da Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Endócrina da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Daniela Angerame Yela ainda explica que manter os níveis de glicemia sob controle pode ajudar a reduzir o risco desta infecção. “Se tem diabetes, deve ter atenção especial aos sintomas e fazer exames periódicos para detectar infecções vaginais.”
A especialista lembra ainda da possibilidade das mulheres com diabetes desenvolverem a Síndrome dos Ovários Policísticos, na qual o corpo da mulher produz um número alto e fora do comum de hormônios masculinos, como a testosterona, interferindo na ovulação e, em muitos casos, na sensibilidade do corpo à insulina - dificultando o controle glicêmico.
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Diabetes e a disfunção sexual
De acordo com Daniela Angerame Yela, é possível que a mulher desenvolva problemas de disfunção sexual, como a vulvodínia, que é a queixa de dor na vulva (parte externa da vagina) na hora da relação sexual ou ao se lavar.
“As síndromes dolorosas vulvares, incluindo a vulvodínia, são uma fonte comum de morbidade em mulheres e causam muito sofrimento físico e psicológico.” explica Yela.
“Há uma hipótese de que a dor vulvar inexplicável pode ser manifestação, até então não descrita de neuropatia diabética sensorial dolorosa. Assim, mulheres com dor vulvar devem ser rastreadas para diabetes, bem como as mulheres com diabetes devem ser questionadas sobre sintomatologia vulvar", destaca Daniela Yela.
Cuidados pessoais das mulheres com diabetes
Sobre os cuidados que mulheres que vivem com diabetes devem ter, além da atividade física e da dieta para manter o controle glicêmico, Daniela Angerame Yela afirma que a higiene genital adequada é primordial.
“Na hora do banho, ter atenção especial com a parte externa, já que existem várias “preguinhas” na pele dessa região que podem acumular o esmegma (um resíduo branco formado pela combinação de células epiteliais, óleo e gordura genital). Evitar o uso de sabonetes comuns em excesso nessa região. E além disso, manter a vagina bem ventilada, evitando roupas muito apertadas ou com tecidos sintéticos que impedem a transpiração.”
“Na hora do banho, ter atenção especial com a parte externa, já que existem várias “preguinhas” na pele dessa região que podem acumular o esmegma (um resíduo branco formado pela combinação de células epiteliais, óleo e gordura genital). Evitar o uso de sabonetes comuns em excesso nessa região. E além disso, manter a vagina bem ventilada, evitando roupas muito apertadas ou com tecidos sintéticos que impedem a transpiração.”