Neste mês, o Ministério da Saúde (MS) destaca a campanha de conscientização “Julho Amarelo”, criada em 2010 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A iniciativa tem como objetivo reforçar a vigilância, a prevenção e o controle das hepatites virais, que se manifestam de diferentes formas. Apesar de nem sempre apresentar sintomas, a doença pode causar cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
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Cobertura vacinal despenca
No caso de adultos não vacinados, são feitas três doses: a segunda dose 30 dias depois da primeira e a terceira 5 meses depois da segunda. Já contra a hepatite A, a vacina deve ser administrada em 2 doses, aos 12 e 18 meses de idade.“A cobertura vacinal no Brasil vem despencando nos últimos 10 anos, deixando a população - especialmente o público infantil - mais vulnerável a doenças que já estavam eliminadas no país, como sarampo e poliomielite, e que podem deixar sequelas ou causar mortes. Embora o índice de vacinação ideal seja acima de 90%, as taxas gerais de imunização têm ficado abaixo desse percentual desde 2012, chegando a 50,4% em 2016, segundo informações do DATASUS do Ministério da Saúde", alerta Cristiana Meirelles.
Medidas de higiene
Além da vacinação, outras medidas de prevenção estão ligadas aos cuidados com a higiene, como lavar as mãos constantemente, usar preservativo em todas as relações sexuais, não compartilhar objetos de uso pessoal, tais como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, entre outros.“As hepatites são doenças perigosas. Por isso, esteja atento ao calendário de vacina das crianças. A imunização não resguarda apenas o indivíduo na fase da infância, mas tem uma repercussão em toda a comunidade, reduzindo a transmissão de forma coletiva”, avisa a infectologista Cristiana Meirelles.