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Estado de Minas SAÚDE

Estresse 'envelhece' sistema imunológico e abre porta para doenças

Estudo norte-americano sugere que estresse mental prejudica as defesas do organismo, o que pode levar a uma maior frequência de doenças


12/07/2022 14:48 - atualizado 12/07/2022 14:59

Mulher sentada em frente a uma mesa de verduras e legumes
O que se come pode ampliar os efeitos do estresse no organismo (foto: Jerzy Górecki/Pixabay )
Novo estudo norte-americano sugere que estresse mental prejudica as defesas do nosso organismo, o que pode levar a uma maior frequência de doenças. A pesquisa feita por cientistas da Universidade do Sul da Califórnia com 5.700 adultos revelou que níveis de estresse elevados estão associados a sistemas imunológicos mais envelhecidos, com redução de atividade e, portanto, menos eficientes.

Os resultados, publicados no The Proceedings of the National Academy of Sciences, lançam luz sobre dois aspectos que se tornaram comuns após a pandemia de COVID-19: as pessoas estão  mais ansiosas, estressadas e com as defesas enfraquecidas.

O nutricionista especializado em nutrição funcional esportiva, Diogo Círico, responsável técnico da Growth Suplementos, explica que a chave para aumentar a imunidade e reduzir o estresse mental passa pela escolha adequada do que se coloca à mesa e pela mudança de hábitos. "É o balanço entre tudo o que se ingere e o estilo de vida que determina a eficiência do sistema de defesa."

O que se come atenua ou agrava o estresse e seus sintomas


Nutricionista Diogo Círico
Nutricionista Diogo Círico conta que os nutrientes mais importantes para o nosso exército de defesa são o ferro, as vitaminas A, C, E e D, selênio e zinco (foto: Arquivo Pessoal)


Diogo Círico destaca que os nutrientes mais importantes para o exército de defesa do organismo são: o ferro, as vitaminas A, C, E e D, selênio e zinco. "É preciso saber combinar os alimentos para ter um bom resultado. Por isso a melhor alimentação é a equilibrada, com um pouco de tudo e, de preferência, colorida."

O nutricionista enfatiza que castanhas, iogurte natural, morango, romã, cereais integrais como aveia, espinafre, ovo, gergelim, cebola roxa e alho devem estar na dieta por serem ricos nos nutrientes que reforçam a defesa.


Importância dos fitoquímicos


Diogo Círico lembra e outra arma importante, os chamados fitoquímicos: "Como o resveratrol da uva; o licopeno do tomate; a luteína e a zeaxantina, presentes no brócolis, espinafre e abóbora, por exemplo."

Leia também: Estresse e ansiedade podem aumentar risco de contrair COVID, diz pesquisa.

O nutricionista destaca ainda que "as fibras alimentares também contribuem para a saúde do corpo como um todo. Elas alimentam a microbiota intestinal e fornecem nutrientes como a beta-glucana, que potencializa a proteção do sistema imunológico".

Estrela do momento: a beta-glucana


A beta-glucana tem ganhado holofotes. Diogo Círico explica que ela está presente em cereais como aveia, cogumelos e leveduras e foi amplamente estudada pela ciência. "Pesquisas comprovaram sua eficácia como antiinflamatório, no combate a doenças cardiovasculares, controle dos níveis de colesterol e no fortalecimento do sistema imunológico. Além da forma natural, a beta-glucana também é encontrada em suplementos, vendidos com autorização da Anvisa."


Pise no freio


O nutricionista avisa que acabar ou controlar o estresse passa por eliminar a causa do problema, mas reforça que, quando isso não é possível, a alimentação e a suplementação desempenham um papel relevante.

“O que comemos atenua ou agrava o estresse e seus sintomas. Uma dieta saudável, como a dieta do mediterrâneo ou a dieta dash, são as mais recomendadas. Aditivos, como corantes, conservantes e realçadores de sabor podem agravar o estresse mental e, por isso, deve-se evitar alimentos ultraprocessados. O segundo passo é uma dieta rica em frutas, verduras e legumes, que permitam o funcionamento adequado do sistema nervoso, responsável pelo controle do estresse".

Leia também: Por que demonstrar estresse e ansiedade pode melhorar sua imagem

Não dá para enganar o corpo


Mesa com fruta, legumes e peixe
Invista nos fitoquímicos, como o resveratrol (uva), licopeno (tomate) e em peixes (foto: FotoshopTofs/Pixabay)


Diogo Círico ressalta que, sem bons hábitos, não há como fortalecer as defesas do organismo. Uma boa imunidade passa, necessariamente, por um sono de qualidade; boa alimentação e movimento. “O exercício físico regular é um dos melhores remédios tanto para reduzir o estresse e ansiedade, quanto para melhorar a imunidade. O ideal é praticar pelo menos três vezes por semana, intercalando exercícios de força (pesos) e resistência", ensina.

Dicas para reduzir estresse e aumentar imunidade*


  • Coloque no prato frutas, verduras, legumes de todos os tipos e cores, carnes magras, peixes, leite e derivados e castanhas
  • Consuma 700g de vegetais variados por dia
  • Invista nos fitoquímicos, como o resveratrol (uva), licopeno (tomate), luteína e zeaxantina (couve, brócolis, espinagre, abóbora e outros)
  • Aposte em fibras que fornecem nutrientes como a beta-glucana (cereais), também presente em suplementos
  • Evite álcool e cigarro
  • Tenha boas noites de sono
  • Aposte em suplementos de omega-3, já que a dieta do brasileiro não é rica nestes nutrientes
  • Elimine frituras; alimentos ricos em açúcar (sacarose); gorduras trans, gordura saturada em excesso
  • Exercício físico ao menos três vezes por semana
  • Use suplementos adaptógenos, como Rhodiola rosea, Schisandra chinensis e Eleutherococcus senticosus. Eles são feitos para aumentar os níveis de energia e disposição, além de auxiliar no controle do estresse

*Fonte: Nutricionista Diogo Círico




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