Pessoas maduras ou na terceira idade estão cada vez mais presentes no mercado de trabalho. Muitas permanecem ativas profissionalmente, seja por vontade própria ou necessidade. Segundo levantamento da consultoria IDados, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, em maio de 2020, no início da pandemia de COVID-19, o Brasil tinha 7,7 milhões de trabalhadores ocupados com mais de 60 anos. A maioria, 4,7 milhões, atuando no setor de serviços.
A população brasileira está envelhecendo com mais qualidade. A expectativa de vida, que era de 40,7 anos em 1940, chegou a 76,8 anos em 2020, de acordo com o IBGE. Vive-se cada vez mais e trabalha-se por mais tempo.
Mas há dificuldades. Seja para manter o emprego ou buscar uma realocação, indivíduos na faixa etária dos 60 anos encontram desafios em um mercado de trabalho competitivo. Além da concorrência com os mais jovens, muitos enfrentam limitações, como a perda da audição, um problema corriqueiro - afeta mais da metade dos maiores de 60 anos.
"A perda auditiva a partir dessa idade faz parte do processo de envelhecimento natural, devido à degeneração das células ciliadas da orelha, que são responsáveis pela audição. Por isso, é importante que o indivíduo procure um médico otorrinolaringologista ou um fonoaudiólogo assim que perceber dificuldades para ouvir, a fim de iniciar logo o tratamento para não agravar a alteração auditiva e, principalmente, para voltar a ouvir bem os sons do cotidiano", ressalta a fonoaudióloga Rafaella Cardoso, especialista em audiologia na Telex Soluções Auditivas.
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Para não deixar que a deficiência prejudique o desempenho profissional, a melhor opção, na maioria dos casos, é o uso de aparelhos auditivos. E não há do que se envergonhar. As próteses auditivas modernas são bem pequenas e discretas, o que evita constrangimentos no ambiente profissional.
"O uso de aparelhos auditivos garante ao idoso uma boa rotina no trabalho, não importa o grau da perda auditiva. Assim, as empresas podem contar com aquele profissional mais experiente por mais tempo, o que é benéfico tanto para o empregador quanto para o idoso", comenta a fonoaudióloga.