Pesquisadores mineiros do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (ICB UFMG) e da Fundação Ezequiel Dias (Funed) anunciaram o isolamento de uma amostra de varíola dos macacos, nome popular do monkeypox, nesta quinta-feira (14/7).
O isolamento é uma forma de ajudar na identificação de evidências presentes em amostras clínicas.
A ação permite que as equipes de pesquisa manipulem o vírus sem risco de serem contaminados, podendo estudar características biológicas e imunológicas, o que pode permitir que sejam desenvolvidas vacinas e possíveis drogas antivirais.
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Especialista em pox vírus e integrante da Câmara POX-MCTI, a professora Giliane Trindade afirma que a cadeia de transmissão deve ser interrompida para evitar que a doença siga contaminando mais pessoas.
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Entre as medidas que devem ser adotadas, Giliane aponta o isolamento domiciliar e "as medidas que a gente usa para COVID-19, como uso de máscara, higienização das mãos e o distanciamento".
Não deve existir contato íntimo com indíviduos que estejam apresentando lesões na pele.
Transmissão
O Instituto Butantan informou que, analisando os casos confirmados, a transmissão da varíola dos macacos ocorre com:
Contato com com gotículas expelidas por alguém infectado (humano ou animal); Contato com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais contaminados, como roupas e lençóis; O período de incubação da varíola do macaco é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias.
Doença
Similar à varíola humana, a enfermidade causa sintomas como febre, dor de cabeça, dor no corpo, fadiga, lesões na pele e inflamação de linfonodos.
Além do isolamento da pessoa contaminada, aconselha-se evitar contato com animais e fazer a higiene frequente das mãos.
A doença não oferece graves riscos para as pessoas, sendo que a letalidade varia de 1% a 10% dependendo do paciente e do vírus, mas, segundo a pesquisadora, deve-se ficar atento para que a doença não se torne mais virulenta.