A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, atualmente, pelo menos um bilhão de pessoas no mundo convivem com algum tipo de doença neurológica. O Dia Mundial do Cérebro foi instituído em 22 de julho para alertar a população sobre as questões que envolvem o órgão e as doenças que o acometem. O neurocirurgião Leonardo Zapata, que atende no Tumi Espaço Clínico, no Órion Complex, em Goiânia, esclarece sobre a importância de cuidar bem do cérebro.
Segundo ele, as principais doenças que podem acometer o cérebro são problemas vasculares como o acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame; aneurismas cerebrais e malformações arteriovenosas. Existem as doenças neurodegenerativas como Alzheimer, distúrbios do movimento como o Parkinson, infecções como meningites e tumores cerebrais. "Outras doenças neurológicas seriam os distúrbios do sono, esclerose múltipla e epilepsia. Ocorrem também os traumatismos de crânio (provocados por acidentes automobilísticos, quedas, violência) e hidrocefalia (acúmulo de líquido no sistema ventricular do cérebro)", destaca.
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Apesar de uma quantidade considerável dessas doenças surgir de maneira esporádica, algumas estão relacionadas à hereditariedade. "Fatores de risco, como hipertensão arterial sistêmica, diabetes ou dislipidemia, têm forte correlação familiar e predispõe a acidentes vasculares cerebrais. Os aneurismas cerebrais, principalmente quando múltiplos, tornam necessária uma investigação familiar através de exames de imagem", explica o neurocirurgião, citando que, nesses casos, é preciso um acompanhamento anual, na maioria dos vezes.
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Para ter um cérebro saudável, Leonardo Zapata destaca que é preciso evitar álcool, tabaco e outras drogas, praticar atividades físicas regularmente, ter boas noites de sono e uma alimentação balanceada, evitando alimentos industrializados, com excesso de conservantes, açúcar e sal. "A chamada dieta do Mediterrâneo, composta por azeite de oliva, nozes, amêndoas, grãos integrais, tomate e espinafre, podem adiar o avanço do Alzheimer. Além disso, aprender coisas novas com atividades mentais, como música, artes e jogos, ajuda a estimular o funcionamento do cérebro", detalha o neurocirurgião, que também é especialista em cirurgias da coluna vertebral.