
mobilidade dos ocupantes do imóvel e da necessidade de auxílio, os móveis devem diminuir, deixando o espaço cada vez mais livre e limpo para circulação. “Evitar móveis muito baixos, com quinas e cantos vivos é uma prevenção necessária, pois com a idade avançada a pele fica muito mais fina e passível de machucados, principalmente se a pessoa tiver diabetes".
Em relação aos móveis, a arquiteta ressalta que dependendo da O ideal seria que todos os idosos tivessem um lar seguro e que lhes proporcionassem autonomia. Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado ano passado, mostrou que quase um quinto da população brasileira é composta por pessoas com 60 anos ou mais. Feita com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a pesquisa indica que dos cerca de 210 milhões de habitantes do país, 37,7 milhões de brasileiros têm essa faixa etária.
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Prevenir quedas

Também para prevenir quedas, Karla Patrícia ressalta os cuidados na área de banho. “Nos banheiros, além das barras no box e próximo a bancada e bacia sanitária, uma boa estratégia é instalar cadeiras ou bancos próprios para banho, já que isso facilita em caso de o idoso passar mal, além de ajudar na higienização das pernas e pés, evitando a perda de equilíbrio e consequente perigo de queda".
Pisos
Trocar os pisos de uma casa é algo complicado, que envolve reforma, sujeira e demanda mais tempo, além de gastos maiores. “Uma boa forma de adaptar algumas coisas em casa é o uso de fitas antiderrapantes em locais de transição entre ambientes externos e internos, escadas e rampas. Outra questão importante é indicar onde há degraus com algum tipo de faixa de cor diferente para alertar sobre desnível”, recomenda Karla Patrícia.
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Contudo, para aqueles que optarem por fazer uma obra de adaptação, a arquiteta orienta: "No caso do usuário poder fazer uma reforma, o piso mais indicado é o acetinado com coeficiente de atrito acima de 0,4. Dessa maneira, mesmo que a área esteja molhada, ela não se torna escorregadia".
Iluminação
Em relação à iluminação da residência, Karla Patrícia lembra que a troca de janelas pode ser difícil, mas a troca de lâmpadas geralmente é eficiente. “O ideal é investir em luminárias com mais potência. Uma boa opção são os painéis de led de 30x30 ou 40x40, que tem uma boa potência de luz. Uma temperatura de cor mais neutra com 4000K é mais indicada também, nem branca demais para aumentar o cortisol e nem muito amarelada, já que pode dar a sensação de pouca luminosidade”, destaca.
Ainda para melhorar a iluminação ela sugere adotar cores claras nas paredes e no teto para rebatimento da luz do dia e da artificial, além de cortinas com opção de blackout e tecido fino claro, assim o usuário escolhe a quantidade de luminosidade.
Dois andares

No entanto, se o idoso tem dificuldades de locomoção, utilizando objetos de apoio como bengalas e andadores, ou mesmo estiver em uma cadeira de rodas, existem duas opções. “Se o idoso for cadeirante, hoje em dia existem elevadores cápsulas que podem ser instalados em pequenos espaços, mas o investimento é grande. Já para os que não tem condições, uma opção é a instalação de um quarto na parte térrea da casa, o que facilita o deslocamento. Mas as opções devem ser estudadas caso a caso, dependendo da dinâmica da família", orienta Karla Patrícia.