O câncer de boca, também conhecido como câncer de cavidade oral - região que inclui gengivas, língua, lábio, soalho bucal (a parte que fica embaixo da língua), palato duro (céu da boca), e a área atrás dos dentes do siso (retromolar) - é o tumor de cabeça e pescoço mais comum entre os homens. Para 2022, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados 11.200 novos casos de câncer de homens e 4.010 em mulheres, ou seja, a doença é quase três vezes mais comum no sexo masculino. A maior prevalência é em homens acima de 40 anos.
A principal causa é o uso de tabaco sob qualquer forma (cigarro, charuto, cachimbo, narguilé) associado ao consumo regular de bebida alcoólica, principalmente destilados. O fumante passivo também tem risco de desenvolver a doença. "Os trabalhos mostram que oito entre dez pessoas com câncer oral têm histórico de tabagismo", alerta o oncologista clínico Thiago Bueno de Oliveira, presidente do Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP).
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Outros fatores de risco para o desenvolvimento do câncer oral são exposição ao sol sem proteção, excesso de gordura corporal, infecção pelo papilomavírus humano (HPV), relacionado principalmente ao câncer de orofaringe (garganta), que é transmitido pelo contato sexual, nesse caso, de forma oral.
ATENÇÃO AOS SINAIS
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- Leucoplasia: área esbranquiçada na cavidade oral, parecida com uma afta, que não melhora
- Eritroplasia: mancha vermelha persistente na cavidade oral, que pode sangrar
- Ferida na boca que não cicatriza após 15 dias
- Perda ou amolecimento de dentes
- Nódulo no pescoço
- Massa ou nódulo na língua, nas gengivas ou no rosto
- Dificuldade para mexer a língua, mastigar ou engolir alimentos
- Mau hálito constante
- Perda de peso inesperada
Esses sintomas nem sempre indicam que existe um câncer de boca, mas é preciso consultar um dentista (estomatologista) ou médico especialista em cirurgia de cabeça e pescoço para avaliação precisa.
Ao observar alguma alteração suspeita é importante buscar um médico otorrinolaringologista ou dentista. Após o exame clínico, se houver suspeita do câncer, será indicada a biópsia. Nesse procedimento remove-se parte da área suspeita de câncer para análise microscópica. Com diagnóstico precoce, as chances de cura (o paciente estar vivo cinco anos após o diagnóstico) superam os 90%.
PREVENÇÃO
Cerca de 30% dos casos de câncer de cavidade oral poderiam ser evitados com a adoção de algumas medidas. São elas:
- Não fumar
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas
- Manter o peso corporal adequado
- Manter boa higiene bucal
- Usar preservativo (camisinha) na prática do sexo oral
- Tomar a vacina contra o Papilomavírus Humano-HPV