Pesquisa de 2019 pelo Instituto Locomotiva e a Semana da Acessibilidade Surda revelou que existem mais de 10 milhões de pessoas com deficiência auditiva no país, sendo que, desse total, 2,3 milhões têm deficiência severa. O dado causa alarme entre os especialistas, principalmente, ao levar em consideração que os casos mais graves podem ser evitados por meio do acompanhamento profissional.
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Exames necessários
A fonoaudióloga, especialista em audiologia, Tatiana Guedes, cita que, entre os exames solicitados, os mais comuns são:
1 - Audiometria: “Ele vai detectar os limiares auditivos, determinando o grau e tipo de perda auditiva. É feito com o paciente dentro de uma cabine acústica, visando eliminar o ruído ambiental e utiliza um equipamento chamado audiômetro”.
2 - Imitanciometria ou impedanciometria: “Este exame fornece informações sobre a integridade funcional das estruturas do sistema auditivo, mais especificamente da orelha média. Nele, uma pequena sonda é posicionada, de forma indolor, na entrada do conduto auditivo externo do paciente para a realização do teste”.
3 - PEATE (potenciais evocados auditivos de tronco encefálico) ou BERA: “É um exame objetivo, que avalia a integridade funcional das vias auditivas nervosas, desde a orelha interna até o tronco encefálico. Orienta o médico quanto ao local da perda auditiva, se ela é decorrente de lesões na cóclea, do nervo auditivo ou do tronco encefálico”.
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A importância da prevenção
Tatiana Guedes ainda ressalta que, mesmo não apresentando nenhuma queixa auditiva, é importante fazer um exame de audição regularmente para identificar possíveis alterações.
“A detecção e a intervenção precoce são os maiores aliados da saúde. O tratamento para perda auditiva pode ser medicamentoso, cirúrgico ou com o uso de aparelho auditivo. Quanto antes identificamos uma perda de audição e iniciamos o tratamento, maiores são as chances de sucesso”, garante a fonoaudióloga, especialista em audiologia.
Por fim, a fonoaudióloga deixa o recado: “Não permita que a perda de audição comprometa a sua capacidade de comunicação e interação social. Caso seja indicado o uso do aparelho auditivo, fique tranquilo. Os aparelhos atuais são modernos, discretos e altamente tecnológicos. Eles trazem qualidade de vida ao paciente”.