É hora de falar sobre prazer. No próximo domingo (31/7), comemora-se o Dia Mundial do Orgasmo. Pesquisa de uma rede inglesa de sex shop identificou que 80% das mulheres têm dificuldade para atingir o clímax na relação sexual. No Brasil, dificuldades em alcançar esse ápice também é uma queixa recorrente. É o gancho para uma campanha que pretende celebrar o orgasmo, chamando a atenção da população para o tema, com o slogan Atinja, não finja.
O orgasmo nada mais é do que uma experiência psicofísica rápida - dura alguns segundos. Dentre tudo o que compreende o contexto das vivências sexuais, é recente a preocupação com o orgasmo feminino e com o prazer geral das mulheres durante o sexo.
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Muita gente ainda acredita que "o homem é quem dá orgasmo à mulher" ou que o orgasmo "certo" é aquele obtido através da penetração. Na verdade, é o estímulo do clitóris um bom caminho para que a mulher chegue ao clímax - esse é o único órgão do corpo humano que serve exclusivamente para o prazer.
Segundo Paola Giacomoni, consultora em bem estar íntimo e sexual, o orgasmo é algo que se manifesta de diferentes maneiras, e é único para cada pessoa. "Não existe somente uma região apta ao orgasmo, pois diversas são as zonas erógenas do corpo, sendo todo ele sensível aos estímulos. Basta se descobrir e experimentar novas sensações", pontua a especialista.
Durante um orgasmo, muitos hormônios de bem estar (como oxitocina, dopamina e endorfinas) são liberados no corpo e funcionam como uma ligação para promover uma maior felicidade, propiciando a satisfação relacional e pessoal.
O orgasmo acontece de formas diferentes em homens e mulheres. "A mulher sente por poucos segundos, aproximadamente 15, a contração de todos os órgãos pélvicos (ânus, vagina e até o útero). O clitóris também se retrai um pouco e o ponto G, localizado no interior da vagina, fica mais vascularizado, o que também aumenta a sensação de excitação. Para os homens, o pênis já está ereto por conta da dilatação sanguínea e o momento do orgasmo geralmente acontece junto com o gozo", explica a sexóloga Sônia Eustáquia.
As preliminares são essenciais na relação sexual - ajudam a chegar ao ápice do prazer. "A estimulação visual e tátil, os carinhos nas zonas erógenas ricas em terminações nervosas que proporcionam esse nível de experiência, são estímulos percebidos pelo sistema límbico, área do cérebro de satisfação e prazer", evidencia a especialista.
Para chegar ao orgasmo é ideal conhecer o próprio corpo e mostrar ao parceiro as partes que estimulam mais o prazer. "O sexo é um momento de entrega. É ideal uma mente receptiva e relaxada para a vivência do prazer. Além disso, é importante revelar ao seu parceiro ou parceira os seus pontos de prazer e caprichar nas preliminares", aconselha.
Produtos voltados para as práticas sexuais também são aliados para a interação entre os parceiros e para a promoção do autoprazer.