A população global sofre com um aumento significativo de transtornos mentais e o Brasil é disparado um dos mais afetados (foto: Gerd Altmann/Pixabay )
Enquanto o mundo ainda vive as sequelas da pandemia da COVID-19, uma outra epidemia menos visível tem se desenvolvido. Nos últimos anos, a população global sofre com um aumento significativo de transtornos mentais e o Brasil é disparado um dos mais afetados.
Apesar do cenário preocupante, períodos difíceis costumam trazer soluções inovadoras. E quando se fala em preocupação com a saúde mental, a teleterapia surgiu como uma alternativa que pode contribuir para mudar esse quadro. Milene Rosenthal, cofundadora da Telavita, clínica digital de saúde mental com atuação em todo o país, faz atendimento pela telepsicologia: "Mesmo antes da pandemia, o tratamento de saúde mental já precisava de práticas mais inovadoras e o acompanhamento de pacientes à distância era uma delas.
O Brasil é apontado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como líder no ranking de casos de ansiedade, com 9,3% da população ansiosa, o segundo nas Américas em casos de depressão, com quase 6% da população depressiva, e de acordo com o International Stress Management Association (ISMA-BR), o segundo país com maior número de trabalhadores afetados pela Síndrome de Burnout.
De acordo com um levantamento feito pela Telavita, com base em mais de 50 mil sessões feitas por meio da plataforma, a demanda por terapia on-line aumentou 400% no último ano e as empresas que oferecem o atendimento da healthtech aos seus colaboradores perceberam uma melhora de 77% no quadro de cuidados corporativos.
Como funciona a terapia online?
A teleterapia consiste em serviços de terapia prestados via internet e outras tecnologias, como videoconferência, chamadas telefônicas e até mensagens de texto.
Na Telavita, o paciente passa por uma avaliação on-line e, depois disso, escolhe um psicólogo disponível e agenda as sessões. A healthtech tem convênio com vários planos de saúde.
Pesquisas demonstram a eficácia do método
Estudo comprova que as sessões de terapia on-line são tão eficazes quanto as presenciais
(foto: Tumisu/Pixabay)
Uma pesquisa com mais de 1.200 adultos americanos do YouGov for Forbes Health descobriu que 63% das pessoas que tentaram a terapia on-line acharam-na eficaz.
Outro estudo, publicado no Journal of Affective Disorders, comparou um grupo de pessoas que receberam tratamento on-line para depressão com um grupo que recebeu tratamento presencial. O resultado foi que as sessões on-line eram tão eficazes quanto as presenciais, mas os participantes do grupo de tratamento on-line apresentaram menos sintomas três meses após a conclusão, enquanto os sintomas do grupo presencial pioravam.
“Por meio do acompanhamento on-line, conseguimos aliar alguns fatores que são importantes para o sucesso do tratamento. O fato de o paciente estar em um local seguro, familiar e de aconchego é um deles. Assim, ele se sente mais confortável para falar sobre suas aflições”, destaca Milene Rosenthal.
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